Revoada sobre os currais
Acauã, a revista lançada no último dia 17 de janeiro no espaço Avoante, é uma revoada junta com ave distinta que tem também estas vontades de voo em almas, em interiores de sentidos, de sensações e desejos, de necessidades de está sempre em voo – mesmo que sem as bênçãos da festa que se requer uma fagulha do que se quer e se pensa arte na sua essência. Arte em todo tempo e espaço, construindo seres humanos melhores, mentes que viajam na necessidade de se criar a beleza no cotidiano da vida através da objetividade ou subjetividade.
O
Avoante está diante dos nossos olhos a provocar-nos a necessidade de
apreciar sempre a beleza, a revelar-nos o sonho e voo estático, porém,
voo. Ave nossa que abre as asas sobre nós, assim como o fez a Acauã na
noite de sonhos e voos que sucedeu a própria Revoada, que já havia
tomado conta do Espaço Avoante no ano que passou e que tende a ser
repetida sob novas possibilidades.
A Acauã, através dos seus
artistas, viu na ideia de Literatura E Cidadania: A Literatura Em
Quadrinhos Como Meio De Inclusão Cultural E Desenvolvimento Social, a
possibilidade de negar os discursos vigentes do que possa nos limitar.
Não temos limites a criação e a possibilidade de concretização dela,
isso nos demonstrou Ivaldo e sua trupe, isso nos demonstra o Casarão,
isso é prática recorrente da Associação Avoante de Cultura e de tantas
outras mentes avoadas destes nossos currais.
Há uma necessidade
de autofagia artística, de retomada de referências e construção de nossa
identidade cultural, necessidade de voar juntos ou mesmo separados,
porém, estarmos sempre voando, afinal, é percebido que as revoadas estão
ficando cada vez mais comuns sobre os currais e isso é muito bom – voar
é sempre um prazer.