Pendões das macambiras
afogados no aroma
afrodisíaco das juremas
Escrevendo partituras em sol, pó,
terra de rastro, de cobras,
maracás,
espinheiros.
Vitrais alucinados das
garrancheiras,
tabuleiros aliciados pelas cores,
embrenhando os monólitos das
trincheiras.
Sangue de boi,
rasga mortalha, esgueirando-se do
céu.
Angorá!
Um sussurro tépido,
a via láctea do aveloz
doando-se ao chão
Ofuscada pelas malacachetas
ébrias de luz.
João Antonio
2000 (ajustes: 2012)
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