segunda-feira, 31 de dezembro de 2012
LELÉ-PÍPEDO - O PREFEITO CABEÇA DURA
VOAR É UM ATRIBUTO QUE PERMITE VER DE FORMA DIFERENTE, É IMPRECINDÍVEL PARA OS QUE SONHAM, MAS, NEM TANTO ÍCARO ASSIM. VOE COM SEGURANÇA COM A GENTE, VENHA DESCUBRIR PAISAGENS NOVAS, POIS O SEU MUNDO SE TORNARÁ MAIS AMPLO PARA ABRIGAR A BELEZA. FÉ LIZ 2013!
segunda-feira, 24 de dezembro de 2012
HQ - LELÉ PÍPEDO
NA POSTAGEM ANTERIOR DA HQ "A VISITA À MADAME LAZÚLI", LELÉ PÍPEDO FOI ATENDIDO PELA VIDENTE COM O INTUITO DE ENCONTRAR EXPLICAÇÕES PARA SUA DERROTA ELEITORAL, VEJA O DESFECHO.
FIM
sexta-feira, 21 de dezembro de 2012
REVELAÇÃO BOMBÁSTICA: PORQUE O FIM DO MUNDO NÃO ACONTECEU!
O FIM POR UM FIO
Autor: João Antonio
Nos confins das eras, escondidos por entre as lacunas da
gênese, orbitavam na atmosfera humana dois poderosos sóis. Um, a fonte de todo
orgulho e o outro a candura da caridade. Situados em lados opostos, empenhavam-se
para irradiar suas energias vibratórias sobre os habitantes do planeta Gaia. E mantinham um esforço hercúleo para
conviverem lado a lado, no entanto sabiam que para existirem plenamente era
preciso atenuar a força de um sobre o outro.
Foram incontáveis os momentos na história daquele planeta
que Candura cedeu seu espaço de atuação ao companheiro, devido, principalmente,
a necessidade de utilizar-se da força oposta de forma estratégica. Ele era
extremamente paciente, sabia esperar, não reagia ante a vilania do outro sol,
Passageiro, como o chamava, e ficava tecendo na roca os fios prateados de sua
túnica enquanto dava tempo ao tempo.
Lembro-me bem o dia, ainda na pré-história, quando
Passageiro abriu um sorriso joaquiniano, quer dizer, jocoso e olhou de forma sinuosa
em meio às pestanas superiores para Candura que o respondeu com doçura,
compreendendo a intenção maléfica e providencial de seu amigo.
— Tenho algo para lhe informar meu caro Cacá.— Era assim que
Passageiro chamava Candura — Sabe aquela
invenção que você tanto trabalhou para que o homem a produzisse, as ferramentas
de cultivo que facilitariam a geração de alimentos, eu as incrementei,
acrescentei algo a mais nessa relação de produção, tornei-a mais útil.
Afetuoso como sempre, Candura se manteve tranqüilo ante a
revelação que se desvendava, economizando o assombro, inquiriu.
— Pois é, qual?
— Regularizei a posse, criei a propriedade privada — suas
palavras eram marcadas por uma suposta calma, seguida de uma ligeira pausa com
a intenção de avaliar o impacto que supunha ter. Contrafeito, continuou:
—Afinal, não fazem sentido os meios de produção serem um bem
comum. Essa medida permite um salto a inadiável organização da sociedade, uma nova
ordem nas relações entre os homens para que eles possam se entenderem melhor.
De agora em diante os meios de produção devem pertencer ao indivíduo e não ao
coletivo, aquele que for mais esperto, inteligente, segundo a lei natural da
sobrevivência no reino animal, sobressai perante os outros conferindo-lhe
poder, contribuindo, desse modo, para o crescimento do planeta.
Nesse instante, o olhar do sol bondoso se irradia como a contemplar
as reminiscências do infinito etéreo, disse serenamente.
— Não me causa espanto, já contávamos com isso e deslumbro o
porvir, inicia-se a escalada da exploração do homem pelo homem, e nesse sentido,
já estou tomando as providências, enviarei ao planeta Alfred Russel Wallace
para tratar da evolução da espécie o qual você se reporta no seu discurso.
— Acredito que sua tese espiritualista que justifica a
evolução da espécie a “intervenção de causas não identificadas” não será páreo
para o argumento da “seleção sexual”, ou seja a seleção natural de Darwin —
sorri sem emitir som e arremata — É tudo um tanto tragicômico.
Num impulso reflexo pleno de entusiasmo o radioso sol
Passageiro que sofre de problemas no sacro e coluna se acomodou no encosto de
seu trono relaxando os ossos do quadril e continuou:
— A concentração de riqueza permite investimentos de grande monta,
potencializando a sociedade, o que não poderia acontecer se toda a riqueza fosse
distribuída igualitariamente. Detendo os meios de produção, os mais espertos acumularão
riquezas e negociarão seus excedentes movimentando a sociedade, conferindo-lhe
condições materiais para reinvestir. Lembre-se que um pouco de egoísmo serve de
aperitivo para abrir o apetite das iniciativas.
Chegando a esse ponto da conversação, o Sol Caridade utilizou-se
de sua ironia radiosa.
— Entendo, a embriagante vantagem para si e os seus.
— Percebo que você começa a me compreender — Disse Passageiro
cheio de si, afogando-se em sua grandeza
sufocante.
Consciente de si e de sua condição, Candura permaneceu
inalterado à provocação, não titubeou e lembrou a seu par de natureza estelar:
— Faz parte de meu ofício conviver com o diferente. Mas, não
fique tão contente, tomarei as providências cabíveis para minhas próximas
irradiações em direção à Gaia.
O Sol generoso parou de tecer seus fios e tirou algo de sua
túnica resplandecente, um objeto que lembrava a ideia de um telefone móvel, acionando-o,
um holograma de luz semi condensada fez-se surgir a sua frente formando uma
imagem de um rosto em miniatura. Tudo era acompanhado com a devida curiosidade
por parte de Passageiro, apesar de que a parafernália ainda estava em teste e
não emitia o som da voz. A comunicação com o interlocutor dava-se através da
leitura labial da imagem, recurso que Passageiro não dominava.
— Saudações caro Alnix! (...) É, estou ciente dos últimos acontecimentos,
fato, este, que justifica esse “teleograma.” (...) Permanecemos a postos e atento.
(...) Como? (...) Sim, sim, eu digo.
O rosto-imagem virou de cabeça para baixo, perdendo um pouco
o controle. Caridade sorriu e voltando-se para seu companheiro, disse:
— Seu anjo guardião manda lembranças e disse que está no seu
pé, acompanhando cada passo.
— O seu humor é muito sem graça Cacá. — retrucou enjoado
Passageiro, enquanto providenciava um cubóide-book para fazer uma sondagem.
— Essa é a maneira dele agradecer — Caridade disse com um
sorriso radioso, retomando a conversação. — Gostaria de falar com o plantonista
do ministério da reencarnação, é que já fechei a lista do primeiro escalão que
reencarnará em Gaia nos próximos séculos, séculos, amém. (...) Certo, aguardo.
O diálogo mantido por Caridade era acompanhado por Passageiro
que demonstrava grande interesse, aguardando ansiosamente pelo desfecho da
conversa.
— Saudações, meu querido! (...) Face aos últimos acontecimentos trago
boas novas. (...) Isso mesmo... Já estou
com a lista dos futuros reencarnantes. Vou lhe repassar alguns nomes que completarão
a relação final. Depois eu envio a lista completa com o segundo escalão e as
datas. (...) Certo... Gostaria que vocês incluíssem aí os nome de Crishna (...)
C-r-i-s-h-n-a, o avatar de luz, o termo vai ser escrito na língua sânscrito. Na sequência vêm Buda, o iluminado, Sócrates e
o grande Jesus Cristo, esse vai dividir a história em antes e depois dele.
Acrescente, também, Santo Agostinho (...) Sim, é importante (...) Sobre a
revolução Francesa... (...) Não, não ...
— Epa! — Interrompe veementemente o sol oposto — a Revolução
Francesa me pertence, é o momento culminante da ascensão da burguesia a
premissa do futuro capitalismo selvagem.
— ... não, como eu estava dizendo, não é meu departamento,
mas sugira ao setor da neurolinguística para adotar o slogan “egalité,
fraternité e liberté”, essa ideia sobreviverá por largos séculos. No período do
iluminismo inclua Allan Kardec e no quadro da revolução industrial Karl Marx...
— Não a cre di to! — enfatizou o Sol Passageiro indignado — Só
pode ser sabotagem, ele quer se apoderar de tudo. Mas, não adianta, não, esse último
aí é materialista ao extremo, vai se dar mal.
— Convenhamos, se Jesus sugere repartir os pães, Marx
concretiza a ideia e o apesar dos pesares no pacote fica por sua conta.
— É revoltante! Trata de apropriação indevida, você está
querendo tomar meu lugar. Mas, isso não vai ficar assim! — Levantou-se praguejando
a dor no cóccix, colocou os fones nos ouvidos e disse:
— Cadê você, já encontrou aquele cara do bigodinho? Vá à dimensão onde ficam os sofredores, desequilibrados, lá no
umbral. (...) Não? (...) Que cara mais
difícil. Vasculhe cada milímetro, mova-se, desça aos abismos e não
quero saber se você tem medo de altura, precisamos providenciar uma
reencarnação compulsória, ele vai ser peça importante na primeira metade do
século XX. Te cuida, sua batata tá assando! — virou-se para Candura — Depois
não se arrependa.
Apesar de todo melindre do companheiro, o Sol de bondade permaneceu
sereno, relacionando os nomes da lista.
— Não esqueça de
Chico Xavier, Madre Tereza...
Meus amigos, essa é uma história sem fim a caminho da
eternidade. Mas, num futuro próximo, tão próximo quanto hoje, num dia rotineiro
nos afazeres na condução do mundo, os dois sóis foram surpreendidos com uma
nova situação que levou Passageiro a terríveis constatações, gritando desolado.
— Tô perdido! Estou
tendo sudorese, calafrios só em pensar... O que está acontecendo? Sinto-me
exaurido, minhas irradiações não estão conseguindo chegar à crosta do planeta. Não,
não! Será o meu declínio, minha impotência? Minha vida está um caos. Não sei o
que fazer.
— Era de se esperar — Disse Caridade que voltou a tecer seus
fios, agora fosforescentes.
— La vem você tirar proveito e jogar culpa em mim.
— Mas, é claro. Seus raios não conseguem ultrapassar a
fuligem na atmosfera de Gaia, a ganância desenfreada que você alimentou durante
milênios apresenta agora seu resultado, mas tudo isso está com os dias
contados.
— Não venha me colocar inculcações, deve ser um outro sol
que está se intrometendo entre nós, extremamente cruel.
— Como sempre são os outros que são responsáveis pelo que
você causou. É bem típico dos egoístas. Você não se emenda. Agora a humanidade
está sob a ameaça do desequilíbrio ambiental, a mãe, a casa da humanidade, o
planeta pede socorro.
— Mas, as suas emanações também não chegarão lá. — retrucou
Passageiro — não sou só eu que estou perdido nesse pandemônio, nós estamos
perdidos.
— Não, você está perdido, o que eu semeie ao longo dos
séculos perdurará e será o recurso apropriado para resolver os problemas para o
reequilíbrio do planeta. Diante da eminência da destruição da humanidade os
ensinamentos que disseminei através dos grandes homens no decurso da história
servirão de solução para o encontro do equilíbrio. Enquanto seu trabalho que
visava à satisfação imediata, personalista, não é mais útil. Só existe uma
saída para Gaia pensar no outro.Trabalhei incessantemente para semear a noção
da auto sustentação da vida, para ser implantada a ideologia do amor. São eles
que me farão permanecer vivo.
— Quer dizer que esse é o começo do meu fim? Mas, um dia essa fuligem cessará e tornaremos
a nos digladiar.
— Sim, mas não como antes, sua evolução estelar não será
mais a mesma, sua força de atuação será reduzida.
FIM
terça-feira, 18 de dezembro de 2012
ONDE, O QUE E QUEM, UM PERFIL EM QUESTÃO
Na antevéspera da
nomeação dos novos secretários da administração municipal uma expectativa nos toma, principalmente quando
nos reportamos as experiências pregressas. Preocupa-me, sobremaneira, o destino da
Fundação Cultural José Bezerra Gomes, visto que ela é responsável pela política
cultural do município e atinge diretamente o produtor cultural. É preciso, pois, analisar o passado para não
cometermos os mesmos erros. Certas características têm marcado a escolha do
presidente da referida fundação ao longo do tempo. Entre as predominantes está
a condição de desenvolver alguma atividade cultural. No entanto, este
pressuposto é substancialmente genérico. Para, então, preencher a lacuna de
especificidades definidora do perfil em
questão podemos aplicar um velho exercício usado em oficinas de teatro, definir
o “onde”, “o que” faz e “quem” é ele. Existe uma geografia de mobilidade que
este representante deve ter, trata do modo de articulação junto ao meio social,
qual é a sua atuação? O grau de interação com o movimento cultural e o universo
de entendimento sobre cultura. Muitos são escolhidos pela notoriedade, distante
das discussões culturais, outros são indicados para vigiar a fundação e poucos indicados são abertos ao diálogo com os produtores culturais, pois, para isso,
é necessário que ele acompanhe e participe do dia a dia cultural do município.
O personalismo de excentricidade virtuosa é que prevalece. Tendem a escolher
alguém de relativo destaque que possui, geralmente, formulações conceituais a
respeito da cultura muito pessoal, sem vínculo com a agenda das discussões
nacionais e regionais, limitando sua interação de forma positiva.
Vale a pena destacar, nesse sentido, algumas preocupações
de ressonância no movimento cultural organizado, que entende que para a criação
de espaços e incentivos para a cultura de Currais Novos torna-se necessário a
harmonia entre as ações culturais empreendidas pela administração pública e as
premissas dos movimentos civis organizados; a criação do fundo e do conselho
municipal de cultura; democratizar o acesso a cultura contemplando a zona
urbana e rural através da criação de espaços que privilegiem a diversidade
cultural de nossa região; elaborar um projeto cultural para o município de
forma participativa; desenvolver projetos específicos nas diversas áreas de
atuação da cultura com foco na atualização e produção cultural e revitalizar e
ampliar bens culturais como a biblioteca municipal, banda de música, Escola de
música Suetônia Batista e o Museu Histórico de Currais Novos. Desta forma, será
imperativa a reformulação do estatuto da Fundação José Bezerra Gomes,
estabelecer um orçamento descente e torná-la independente da Secretaria de
Cultura dando-lhe status de secretaria.
sexta-feira, 14 de dezembro de 2012
AVOANTE - ARTES PLÁSTICAS
CURSO DE ESCULTURA EM PEDRA SABÃO
A Associação Avoante de Cultura está realizando curso de
Escultura em Pedra Sabão, aprovado em edital pelo Programa BNB de Cultura
parceria BNDES, durante o período de novembro de 2012 a 05 de janeiro de 2013
no Espaço Avoante de Cultura. As aulas estão
sendo ministradas pelo Escultor curraisnovense Alexandro Oliveira artista
oriundo dos cursos de artes plásticas desenvolvidos pelo artista plástico João
Antonio durante a década de 90 no Caic. Tal Iniciativa pretende valorizar o
potencial geológico, a vocação mineral do
município e região, agregando um valor artístico ao produto, além de contribuir
com o desenvolvimento da capacidade imaginativa e criativa de nossos jovens da
rede pública de ensino e comunidade em geral. Destacamos, também, a
preocupação com a
formação técnica especializada, visando à entrada no mercado de arte de novos
artistas escultores.
O projeto conta com duas turmas uma no Espaço Avoante de Cultura e a outra
no povoado Totoró que teve o apoio decisivo de Maxwel Ferreira, diretor da
Escola Municipal Cipriano Lopes Galvão.
O curso está oferecendo vagas extras, procure o Espaço Avoante de Cultura nas terças e quintas feiras das 15h às 17h e fale com Alexandro Oliveira.
quarta-feira, 12 de dezembro de 2012
AVOANTE - MÚSICA
O movimento de alunos no
Espaço Avoante de Cultura tem aumentado nesse segundo semestre,
principalmente para as crianças e adolescentes estudantes de música. Isso
acontece, principalmente, devido ao curso de musicalização que vem
sendo oferecido pela Associação Curraisnovense de Música, como
parte do projeto para formação de uma filarmônica no
município. O maestro Pereira, que ministra o curso, não esconde seu contentamento,
pois este projeto consolida o objetivo pelo qual motivou a
formação da Associação Curraisnovense de Música e, que a referida ação acontece graças ao
financiamento do Fundo da Infância e Adolescência do nosso
município, criado esse ano por determinação Judicial.
domingo, 9 de dezembro de 2012
quarta-feira, 5 de dezembro de 2012
VISITA AO AVOANTE
O Espaço Avoante de Cultura recebeu no dia 16 de setembro último a visita da Única Master turma do segundo ano do ensino fundamental 1 (um) com alunos de média de idade entre 6 e 8 anos. Os professores Jack Leidson, vitória Nascimento e Luzifran Dantas ressaltaram que essa visita objetivou a "identificação de aspectos
da cultura local. Tendo em vista que, as manifestações culturais de um povo
devem ser preservadas. Por esse motivo elas estão organizadas em locais
próprios, que podem ser públicos ou particulares. Compreendendo assim, as
relações entre natureza e sociedade, e como esta modifica o ambiente."
A Associação Avoante de Cultura fica feliz em receber os
alunos do 2º ano do ensino fundamental 1 da escola Única Master,
na aula passeio, pois, permite mais uma vez, certificarmos que estamos cumprindo nosso papel cultural de democratização do saber.
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