Postagem produzida por leitor anônimo que indignado com o resultado das urnas em Currais Novos, na última eleição, registrou a sua insatisfação num tom profético ou talvez tão óbvio quanto possa parecer aos olhos da população no presente momento da história dessa cidade.
Profecia Nº 1
CRÔNICA DO PRIMEIRO DIA APÓS O RESULTADO DAS ELEIÇÕES EM
CURRAIS NOVOS – RN
CURRAIS NOVOS – RN
(06 de Outubro de 2008)
NOVOS CURRAIS
“Currais Novos”, nunca o nome dessa cidade se pareceu tanto com ela própria. De acordo com os historiadores locais a sua origem se deu devido à expansão dos novos cercados para demarcar terras e impedir o avanço do gado. A saga dos colonizadores não descreve as invasões e lutas travadas com os primeiros habitantes ou, o violento tratamento dado aos aborígenes (indígenas) e aos escravos africanos, caracterizado no modus operante dos senhores feudais seridoenses. No início do século XX, Currais Novos e o Seridó era um grande pasto, mas o gado que avançava nas lavouras de algodão foi proibido de circular, sendo encarcerado em currais. Hoje a história se repete na mais profunda bizarrice: grandes fazendeiros usando a força do poder, além de antigas práticas dos ancestrais (requintes de tortura psicológica, inclusive), oprimem e intimidam aqueles que se negam ter seu lombo ferrado por brasões de oligarquias decadentes. (Com um adendo: Foram esses governadores de províncias, os chamados Coronéis do Nordeste, que munidos de esporas, chicotes e capangas se definiam donos de terras e pessoas, os responsáveis direto pelo atraso sócio-econômico de toda uma região rica em cultura e belezas naturais, porém presa ao estigma do fracasso em áreas essenciais para o desenvolvimento da população, tais como: educação, cultura, lazer, saúde, habitação etc). Na caça aos adversários, novos instrumentos de perseguição estão sendo utilizados: provocações públicas, e-mails, calúnias, mensagens enigmáticas, presentes macabros em repartições, além de insultos e incitação à desordem. No nosso contexto político, currais novos ou novos currais estão sendo silenciosamente erguidos (ou sonoramente ecoado num grito sarcástico e dissonante de uma interjeição com valor misto de dor e repugnância, que ouvimos insistentemente calados nos últimos dias) e dentro em breve sitiarão e silenciarão a nossa liberdade.
Vivemos uma política atrasada e financiada por inescrupulosos representantes de si próprios (porque o povo está longe se ser alvo das suas preocupações umbilicais) que jogam baixo através da manipulação eleitoreira sobre uma gente pobre e incapaz de perceber as astúcias de políticos que se intitulam gente da gente, que visitam essa cidade em períodos de Festa de Sant’Ana ou a cada ano de eleição e ainda se consideram dignos do nosso reconhecimento.
A partir de 1º de janeiro de 2009 teremos mais uma etapa da gestão mesquinha do Pão e Circo, ou seria, Mais Circo do que Pão, ou ainda, Paralelepípedo e Circo (circo, cerco, cercado, cerca... infeliz coincidência, pois, são palavras do mesmo campo semântico). Estaremos a presenciar um acelerado processo de regressão em vários setores da nossa sociedade. No campo da política isso já aconteceu. Tal qual na antiga Roma, Currais Novos se tornou um palco sangrento com espetáculos diuturnamente marcados por combates violentos de homens x leões e vice-versa. Onde gladiadores se estapeavam nas ruas e avenidas lançando bandeiras ao vento com xingações mútuas a cores de simbologia singular. Teve gente que se divertiu de cima de carros de som ao ver o duelo dos dois cordões, numa espécie de pastorinho às avessas (não é aquele do nosso Folclore). Na arena curraisnovense, o entretenimento da “matança da verdade” fez o povo esquecer que há algum tempo atrás para se ter acesso a direitos fundamentais o cidadão tinha que possuir um documento atestando a sua condição de pobreza. É..., sabe aquela frase clichê que todo mundo resgata em período de pleito: “Cada povo tem o governante que merece”, não se sabe bem de quem é a autoria, uns dizem ser de Rousseau, outros atribuem a Joseph De Maistre, mas foi Ruy Barbosa quem primeiro a empregou no Brasil, enfim, nesse caso em particular, caiu como uma luva, pois as pessoas não conseguiram tirar a “pele de ceará” dos olhos e com certeza estarão mais felizes em festas de cunho populista com música de baixa qualidade, vendendo bala nas praças como parte do programa de geração de emprego e renda, engrossando a fila de brasileiros em serviços informais e subalternos. Certamente veremos romanos em tribunas de honra, atirando pão dormido (entenda pão dormido como metáfora, já que não podemos dar nomes aos bois) ao povo, com sorrisos encardidos.
Vivemos uma política atrasada e financiada por inescrupulosos representantes de si próprios (porque o povo está longe se ser alvo das suas preocupações umbilicais) que jogam baixo através da manipulação eleitoreira sobre uma gente pobre e incapaz de perceber as astúcias de políticos que se intitulam gente da gente, que visitam essa cidade em períodos de Festa de Sant’Ana ou a cada ano de eleição e ainda se consideram dignos do nosso reconhecimento.
A partir de 1º de janeiro de 2009 teremos mais uma etapa da gestão mesquinha do Pão e Circo, ou seria, Mais Circo do que Pão, ou ainda, Paralelepípedo e Circo (circo, cerco, cercado, cerca... infeliz coincidência, pois, são palavras do mesmo campo semântico). Estaremos a presenciar um acelerado processo de regressão em vários setores da nossa sociedade. No campo da política isso já aconteceu. Tal qual na antiga Roma, Currais Novos se tornou um palco sangrento com espetáculos diuturnamente marcados por combates violentos de homens x leões e vice-versa. Onde gladiadores se estapeavam nas ruas e avenidas lançando bandeiras ao vento com xingações mútuas a cores de simbologia singular. Teve gente que se divertiu de cima de carros de som ao ver o duelo dos dois cordões, numa espécie de pastorinho às avessas (não é aquele do nosso Folclore). Na arena curraisnovense, o entretenimento da “matança da verdade” fez o povo esquecer que há algum tempo atrás para se ter acesso a direitos fundamentais o cidadão tinha que possuir um documento atestando a sua condição de pobreza. É..., sabe aquela frase clichê que todo mundo resgata em período de pleito: “Cada povo tem o governante que merece”, não se sabe bem de quem é a autoria, uns dizem ser de Rousseau, outros atribuem a Joseph De Maistre, mas foi Ruy Barbosa quem primeiro a empregou no Brasil, enfim, nesse caso em particular, caiu como uma luva, pois as pessoas não conseguiram tirar a “pele de ceará” dos olhos e com certeza estarão mais felizes em festas de cunho populista com música de baixa qualidade, vendendo bala nas praças como parte do programa de geração de emprego e renda, engrossando a fila de brasileiros em serviços informais e subalternos. Certamente veremos romanos em tribunas de honra, atirando pão dormido (entenda pão dormido como metáfora, já que não podemos dar nomes aos bois) ao povo, com sorrisos encardidos.
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