quarta-feira, 31 de agosto de 2011
terça-feira, 30 de agosto de 2011
SOBRE O AVOANTE II
REVOADA
Nasce um sonho
Nasce um sonho
Tive a felicidade de testemunhar a concretização de um sonho – um sonho ainda em construção, é certo, porém, um sonho que se constrói continuamente. Asas se estendem sobre todos os cantos desses nossos currais – não as asas dos pássaros que devoram nossas vidas como abutres a devorar nossa fantasia de viver o que seja arte e cultura na sua mais pura essência.
As asas agora a pairar sobre nossas cabeças (não de gado, como alguns o querem) são as asas de sonhos de um abnegado, de um provocador de múltiplas alegrias através da arte, de um homem que alimenta a nossa alma que quer libertar-se dos grilhões que nos são impostos pelos nossos coronéis que ocupam os palácios que deveriam ser, tão somente, ocupados por aqueles que, em verdade, percebem o povo como mantenedor do poder.
Estamos começando uma revoada que tende a tornar nossos dias menos vazios de arte e cultura, que tende a nos fazer alçar vôos de homens e mulheres sem asas – porém, que mesmo assim, voam. Voemos juntos.
João Antônio começa a nos dar um norte, começa a nos convidar a voar com ele. E então, começo a abrir minhas asas – aos poucos, claro, pois passaram um longo tempo fechadas. Voemos juntos com João Antônio.
Sejamos todos AVOANTES desse sonho que se faz real.
As asas agora a pairar sobre nossas cabeças (não de gado, como alguns o querem) são as asas de sonhos de um abnegado, de um provocador de múltiplas alegrias através da arte, de um homem que alimenta a nossa alma que quer libertar-se dos grilhões que nos são impostos pelos nossos coronéis que ocupam os palácios que deveriam ser, tão somente, ocupados por aqueles que, em verdade, percebem o povo como mantenedor do poder.
Estamos começando uma revoada que tende a tornar nossos dias menos vazios de arte e cultura, que tende a nos fazer alçar vôos de homens e mulheres sem asas – porém, que mesmo assim, voam. Voemos juntos.
João Antônio começa a nos dar um norte, começa a nos convidar a voar com ele. E então, começo a abrir minhas asas – aos poucos, claro, pois passaram um longo tempo fechadas. Voemos juntos com João Antônio.
Sejamos todos AVOANTES desse sonho que se faz real.
PAULO GOMES
domingo, 28 de agosto de 2011
SHOW DE INAUGURAÇÃO DO ESPAÇO AVOANTE DE CULTURA - 2
O segundo dia de inauguração do Espaço Avoante de Cultura contou com apresentações dos grupos artísticos da cidade de Natal, Santa Cruz e Currais Novos. A sala de espetáculo mais uma vez encontrava-se lotada, confirmando o apoio da comunidade ao projeto Avoante de Cultura. Este evento teve a coordenação de Álvaro José, representando a Associação Curraisnovense de Música e subcoordenação de João Antonio da Associação Avoante de Cultura, ambas com sede no referido espaço cultural.
Na programação do dia 27 de agosto de 2011 tivemos Quarteto Vocal Propagamus-Natal-RN, Coro Soarte-Natal-RN, Coral da Potigás-Natal-RN, Grupo de Dança Uyrandê-Natal-RN, Grupo de Percussão Batida Afinada-Natal-RN, Grupo Casarão de Poesia e Grupo Caçuá de Mamulengo.
Espaço Avoante de Cultura |
Coro Soarte - Natal - RN |
Quarteto Vocal Propagamus - Natal - RN |
Grupo de Dança Uyrandê - Natal - RN |
Coral da Potigás - Natal - RN |
Grupo de Percussão Batina Afinada - Santa Cruz - RN |
Grupo Casarão de Poesia - Currais Novos - RN |
Grupo Caçuá de Mamulengo - Currais Novos - RN |
sábado, 27 de agosto de 2011
SHOW DE INAUGURAÇÃO DO ESPAÇO AVOANTE DE CULTURA
PRIMEIRO DIA DE INAUGURAÇÃO DO ESPAÇO AVOANTE DE CULTURA - 26 DE AGOSTO
Currais Novos viveu um momento histórico, depois de 18 anos de construção o Espaço Avoante de Cultura é inaugurado. Mesmo sem contar com apoio do poder público o artista plástico João Antonio conseguiu levar adiante a ideia de criar um equipamento cultural para atender a carência de espaço físico para os grupos de teatro e de música local. Acima de tudo, esse espaço tornou-se um símbolo de resistência dos artistas, se contrapondo à inércia das administrações públicas do município.
A casa estava lotada e percebia-se pelo olhar a satisfação de todos em apoiar a iniciativa. A sala de teatro estava decorada com quatro bonecos gigantes e um pássaro suspenso no espaço. Nessa primeira noite tivemos a apresentação do Grupo de Choro Cangaia, Grupo Caçuá de Mamulengo, o músico Allan Nascimento e do grupo Cordel do Pau Quebrado.
quinta-feira, 25 de agosto de 2011
SOBRE O AVOANTE
O sonho Avoante
Por Edmilson Souza
A construção de equipamentos públicos de cultura tem sido objeto de reivindicação de ativistas e militantes culturais espalhados pelo Brasil. Esta luta tem encontrado eco em administrações populares, mas a realidade brasileira ainda é marcada pela inexistência de teatros e bibliotecas públicas na maioria das cidades.
Não são raros os casos onde a cultura ainda não é vista como elemento fundamental da cidadania plena, e a construção de espaços públicos de cultura ainda é vista como gasto desnecessário. Mesmo tendo consciência de que é dever do poder público o investimento em cultura, muitos brasileiros têm atuado para garantir o acesso à cultura, ainda que seja utilizando recursos próprios.
Em Currais Novos, no Estado do Rio Grande do Norte, temos um exemplo de que a vontade militante pode fazer e está fazendo a diferença. A cultura tem pressa e não pode esperar a boa vontade de governantes descompromissados. Nesta cidade o sonho de um teatro começou a ser gestado por João Antônio, um abnegado militante da cultura. Ele também não tinha tempo para esperar e resolveu começar a construção por conta própria. Nos anos 90 comprou um terreno e deu início ao sonho e às obras. Este sonhador poderia utilizar o seu modesto salário de funcionário público para melhorar a sua condição de vida, mas o verdadeiro artista estava preocupado demais com a transformação de vidas através da arte e gastou o pouco que tinha na construção do Teatro Avoante. E ele viu tijolo por tijolo, parede por parede o seu sonho ganhar forma. Quem vê aquele homem franzino e com dificuldade no andar, devido a problemas de saúde, não imagina que nele reside uma generosidade comum a um povo que tem como marca superar barreiras e desafios, muitas vezes tornando-se avoante para se desviar das dificuldades.
A participação e a solidariedade dos militantes da cultura está tornando possível a realização do que foi desejado, imaginado e planejado. No início, apenas na cabeça de João, mas depois se tornou sonho, projeto e esperança de militantes da cultura de Currais Novos. Ao visitar o local no início do mês, pude sentir exatamente o que é o significado da palavra militância cultural: ao ver João no meio da platéia ainda sem cadeiras, falando de forma pausada sobre tudo o que ele pensa para aquele lugar. Foi impossível não me emocionar. Tive a certeza de que mais do que um prédio, ali está sendo construída a possibilidade de se continuar sonhando.
A construção do teatro não conta com nenhum apoio financeiro ou material do poder público. Tudo o que foi construído até agora veio dos próprios recursos de João Antonio e de amigos que acreditam no sonho de ter o Avoante funcionando em breve.
O Teatro do Espaço Avoante é um sonho antigo de João Antonio, um militante da cultura daquela cidade, que nos últimos anos tem dedicado a sua vida a construção deste que será um importante espaço destinado à cultura e à cidadania, que servirá não somente a cidade onde ele está sendo construído, mas também como uma referência para as cidades do entorno.
Nos últimos meses os amigos do Espaço Avoante iniciaram uma campanha de doação de cadeiras para utilização na platéia do teatro, e você também pode participar deste projeto fazendo sua doação através da página www.culturaavoante.blogspot.com.
A experiência de Currais Novos deve servir como exemplo para todos aqueles que acreditam que, através da cultura, podemos transformar realidades e superar obstáculos na construção de uma sociedade onde continue sendo possível sonhar coletivamente.
*Edmilson Souza - vereador na cidade de Guarulhos (SP) e Secretário Nacional de Cultura do PT
segunda-feira, 22 de agosto de 2011
MENSAGEM DE APOIO
JÁ COMEÇARAM A CHEGAR AS MENSAGENS DE APOIO DE PRODUTORES CULTURAIS A RESPEITO DA INAUGURAÇÃO DO ESPAÇO AVOANTE DE CULTURA.
CONFIRA:
Maria de Lourdes Vitor (integrante do Grupo Estandarte de Teatro – Natal –RN)
Oi João! Tudo bem? Percebo que o seu esforço de ocupações de espaço cultural é grande. Vocês estão de parabéns em conseguir esse espaço Avoante pois nós do Estandarte estamos até hoje tentando conquistar um, e estar cada dia mais difícil, iremos ter que alugar e pagar do nosso bolso se desejar continuar fazendo arte. Bjos
Marcio Coelho (presidente do Grupehq – Grupo de Pesquisa de História em Quadrinhos)
A conclusão do Espaço Avoante é apenas parte do seu projeto, todos nós, colegas, amigos e admiradores, sabemos que o Avoante é um pequeno espaço que tenta conter a vazão do seu mentor.Que se lambuzem as paredes com som, vibrações, cores e o que vier.
Quem sabe não possamos fazer um lançamento da Maturi por aí e também uma oficina?
Abraços!
quarta-feira, 17 de agosto de 2011
terça-feira, 16 de agosto de 2011
SOBRE BELEZA
NO MEIO DO CAMINHO TINHA UMA PAISAGEM
O impulso de sobrevivência do homem o conduziu a relacionar-se em sua natureza e chegar ao estágio atual de desenvolvimento. O sucesso de sobrevivência dá-se, em parte, pelo emprego de uma estratégia de sucesso: o pensamento funcional e prático de cunho racional.
Apesar dessa prevalência pela praticidade, existem outros fatores determinantes em sua natureza. Entre eles um elemento que está presente em tudo que nos orienta: a beleza. Muitos questionam seu sentido prático utilitário, incluindo-a dentro da categoria dos supérfluos.
Recordo-me, certa vez, caminhando pela estrada num sítio aos arredores de C.Novos. O cenário oferecia uma bela paisagem que, sempre, me dispunha a apreciá-la. Nesse dia, não foi diferente. Parei diante dela e fiquei olhando-a demoradamente. Precisava ir almoçar, mas tudo aquilo era tão prazeroso. Tentei continuar a caminhada, ensaiei alguns passos para prosseguir, em vão, retornei. Queria permanecer ali, eternamente. Outras tentativas foram frustradas e não me sentia disposto a renunciar daquele prazer. Queria estar nela, levá-la comigo, incorporá-la ao meu ser. Mas, como? Teria que seguir adiante. Como conviver com essa impermanência? Não Seria tudo isso uma crueldade? Do que adianta me deixar levar pelo encanto dessa paisagem, se ela vai se desfazer? Nesse momento, percebi o meu engano, sim, ela permaneceria comigo, mas, como uma referência de um prazer enternecedor, e, que sempre vou procurá-la na minha vivência e reviver a mesma sensação quando experimentar momentos parecidos. Então, entendi que a beleza nos orienta a buscá-la como modelo de equilíbrio e harmonia. Um meio de ajustamento à forma humana em sua natureza. Aplaquei a inquietação, tranqüilizei-me e consegui, finalmente, prosseguir o curso e almoçar. Apesar de não ser nenhuma novidade o assunto, constatá-lo foi muito satisfatório.
Continuando nessa linha de pensamento e, ao mesmo tempo, completando-a, lembrei-me da função das folhas das árvores, que se comportam como placas captadoras de energia para uso no seu metabolismo, a fotossíntese. Tal função nos apresenta atrelada à sua forma, seu design, estrutura plástica específica e harmonizada, uma proposta de beleza.
Desse modo, percebi que a natureza apresenta dois aspectos fundamentais: a tecnologia orgânica e da beleza. Considerando-nos parte da natureza, precisávamos nos adequar e nos reconhecer em tais leis. Para alguns, no meu caso, a beleza é uma orientação que nos leva a identificar o Deus interior que existe em nós. Segundo a filosofia religiosa espírita, a beleza é um atributo de Deus. Portanto, cabe-nos sintonizar com as leis da natureza, para estarmos em harmonia. Mas, para os que não enxergam essa possibilidade de cunho filosófico, não se impede de tê-la como performance da natureza. Em ambas as situações, considerá-la amplia nosso entendimento sobre a vida, e nos desperta para sua importância como exercício de crescimento pessoal.
Apesar dessa prevalência pela praticidade, existem outros fatores determinantes em sua natureza. Entre eles um elemento que está presente em tudo que nos orienta: a beleza. Muitos questionam seu sentido prático utilitário, incluindo-a dentro da categoria dos supérfluos.
Recordo-me, certa vez, caminhando pela estrada num sítio aos arredores de C.Novos. O cenário oferecia uma bela paisagem que, sempre, me dispunha a apreciá-la. Nesse dia, não foi diferente. Parei diante dela e fiquei olhando-a demoradamente. Precisava ir almoçar, mas tudo aquilo era tão prazeroso. Tentei continuar a caminhada, ensaiei alguns passos para prosseguir, em vão, retornei. Queria permanecer ali, eternamente. Outras tentativas foram frustradas e não me sentia disposto a renunciar daquele prazer. Queria estar nela, levá-la comigo, incorporá-la ao meu ser. Mas, como? Teria que seguir adiante. Como conviver com essa impermanência? Não Seria tudo isso uma crueldade? Do que adianta me deixar levar pelo encanto dessa paisagem, se ela vai se desfazer? Nesse momento, percebi o meu engano, sim, ela permaneceria comigo, mas, como uma referência de um prazer enternecedor, e, que sempre vou procurá-la na minha vivência e reviver a mesma sensação quando experimentar momentos parecidos. Então, entendi que a beleza nos orienta a buscá-la como modelo de equilíbrio e harmonia. Um meio de ajustamento à forma humana em sua natureza. Aplaquei a inquietação, tranqüilizei-me e consegui, finalmente, prosseguir o curso e almoçar. Apesar de não ser nenhuma novidade o assunto, constatá-lo foi muito satisfatório.
Continuando nessa linha de pensamento e, ao mesmo tempo, completando-a, lembrei-me da função das folhas das árvores, que se comportam como placas captadoras de energia para uso no seu metabolismo, a fotossíntese. Tal função nos apresenta atrelada à sua forma, seu design, estrutura plástica específica e harmonizada, uma proposta de beleza.
Desse modo, percebi que a natureza apresenta dois aspectos fundamentais: a tecnologia orgânica e da beleza. Considerando-nos parte da natureza, precisávamos nos adequar e nos reconhecer em tais leis. Para alguns, no meu caso, a beleza é uma orientação que nos leva a identificar o Deus interior que existe em nós. Segundo a filosofia religiosa espírita, a beleza é um atributo de Deus. Portanto, cabe-nos sintonizar com as leis da natureza, para estarmos em harmonia. Mas, para os que não enxergam essa possibilidade de cunho filosófico, não se impede de tê-la como performance da natureza. Em ambas as situações, considerá-la amplia nosso entendimento sobre a vida, e nos desperta para sua importância como exercício de crescimento pessoal.
Por João Antonio
quarta-feira, 10 de agosto de 2011
segunda-feira, 8 de agosto de 2011
MANIFESTO
A história nos mostra que a tirania da governança insana de representantes do povo, por repetidas vezes, tem provocado dissabores à população, principalmente quando as mandíbulas de tais figuras grotescas abocanham o cadinho nosso de cada dia: a essência da matéria humana, liberdade. Como exemplo, temos a ascensão e queda de inúmeras dinastias. A falta desse elemento causa um efeito nefasto e destrona todo aquele que o subtrai dos nossos direitos civis. Tal efeito provoca o surgimento de uma onda, nebulosa e densa. À medida que ela avança, torna-se mais poderosa, grande e estimulada. Criativamente alimentada, ela gera figuras subversivas, insubordinadas e heróis que não se curvam aos ditames políticos egoisticamente traçados a favor de uma hierarquia familiar.
Mas, para esse título exige-se uma explicação: “Manifesto em defesa do Lelepípedo” é um mimo ao nosso alvo de indignações, é um “Muito Obrigado” àquele que sem nenhuma pretensão, repito “nenhuma”, ou mesmo sem a mínima noção do perigo, vem germinando, dando comida aos ratos da mansão, multiplicando-os no porão. E o pior, considera-os inofensivos. Não, meu caro, cuidado com eles, pois são extremamente nocivos à saúde. O Lelepípedo deve ser aclamado, pois seus equívocos administrativos que podam o desenvolvimento cultural da população, ao passo que oprimem, minam a criação artística local. Há uma nítida multiplicação de cores em telas, letras no papel, traduzidas em boa literatura tanto na prosa quanto no verso, o surgimento de grupos, fortalecimento de associações, agremiações artísticas etc. Oh, Currais Novos, reconheça, nomeie o nosso fermento, a nossa querida erva daninha.
Mas, para esse título exige-se uma explicação: “Manifesto em defesa do Lelepípedo” é um mimo ao nosso alvo de indignações, é um “Muito Obrigado” àquele que sem nenhuma pretensão, repito “nenhuma”, ou mesmo sem a mínima noção do perigo, vem germinando, dando comida aos ratos da mansão, multiplicando-os no porão. E o pior, considera-os inofensivos. Não, meu caro, cuidado com eles, pois são extremamente nocivos à saúde. O Lelepípedo deve ser aclamado, pois seus equívocos administrativos que podam o desenvolvimento cultural da população, ao passo que oprimem, minam a criação artística local. Há uma nítida multiplicação de cores em telas, letras no papel, traduzidas em boa literatura tanto na prosa quanto no verso, o surgimento de grupos, fortalecimento de associações, agremiações artísticas etc. Oh, Currais Novos, reconheça, nomeie o nosso fermento, a nossa querida erva daninha.
domingo, 7 de agosto de 2011
quarta-feira, 3 de agosto de 2011
PROFECIA Nº 1
Postagem produzida por leitor anônimo que indignado com o resultado das urnas em Currais Novos, na última eleição, registrou a sua insatisfação num tom profético ou talvez tão óbvio quanto possa parecer aos olhos da população no presente momento da história dessa cidade.
Profecia Nº 1
CRÔNICA DO PRIMEIRO DIA APÓS O RESULTADO DAS ELEIÇÕES EM
CURRAIS NOVOS – RN
CURRAIS NOVOS – RN
(06 de Outubro de 2008)
NOVOS CURRAIS
“Currais Novos”, nunca o nome dessa cidade se pareceu tanto com ela própria. De acordo com os historiadores locais a sua origem se deu devido à expansão dos novos cercados para demarcar terras e impedir o avanço do gado. A saga dos colonizadores não descreve as invasões e lutas travadas com os primeiros habitantes ou, o violento tratamento dado aos aborígenes (indígenas) e aos escravos africanos, caracterizado no modus operante dos senhores feudais seridoenses. No início do século XX, Currais Novos e o Seridó era um grande pasto, mas o gado que avançava nas lavouras de algodão foi proibido de circular, sendo encarcerado em currais. Hoje a história se repete na mais profunda bizarrice: grandes fazendeiros usando a força do poder, além de antigas práticas dos ancestrais (requintes de tortura psicológica, inclusive), oprimem e intimidam aqueles que se negam ter seu lombo ferrado por brasões de oligarquias decadentes. (Com um adendo: Foram esses governadores de províncias, os chamados Coronéis do Nordeste, que munidos de esporas, chicotes e capangas se definiam donos de terras e pessoas, os responsáveis direto pelo atraso sócio-econômico de toda uma região rica em cultura e belezas naturais, porém presa ao estigma do fracasso em áreas essenciais para o desenvolvimento da população, tais como: educação, cultura, lazer, saúde, habitação etc). Na caça aos adversários, novos instrumentos de perseguição estão sendo utilizados: provocações públicas, e-mails, calúnias, mensagens enigmáticas, presentes macabros em repartições, além de insultos e incitação à desordem. No nosso contexto político, currais novos ou novos currais estão sendo silenciosamente erguidos (ou sonoramente ecoado num grito sarcástico e dissonante de uma interjeição com valor misto de dor e repugnância, que ouvimos insistentemente calados nos últimos dias) e dentro em breve sitiarão e silenciarão a nossa liberdade.
Vivemos uma política atrasada e financiada por inescrupulosos representantes de si próprios (porque o povo está longe se ser alvo das suas preocupações umbilicais) que jogam baixo através da manipulação eleitoreira sobre uma gente pobre e incapaz de perceber as astúcias de políticos que se intitulam gente da gente, que visitam essa cidade em períodos de Festa de Sant’Ana ou a cada ano de eleição e ainda se consideram dignos do nosso reconhecimento.
A partir de 1º de janeiro de 2009 teremos mais uma etapa da gestão mesquinha do Pão e Circo, ou seria, Mais Circo do que Pão, ou ainda, Paralelepípedo e Circo (circo, cerco, cercado, cerca... infeliz coincidência, pois, são palavras do mesmo campo semântico). Estaremos a presenciar um acelerado processo de regressão em vários setores da nossa sociedade. No campo da política isso já aconteceu. Tal qual na antiga Roma, Currais Novos se tornou um palco sangrento com espetáculos diuturnamente marcados por combates violentos de homens x leões e vice-versa. Onde gladiadores se estapeavam nas ruas e avenidas lançando bandeiras ao vento com xingações mútuas a cores de simbologia singular. Teve gente que se divertiu de cima de carros de som ao ver o duelo dos dois cordões, numa espécie de pastorinho às avessas (não é aquele do nosso Folclore). Na arena curraisnovense, o entretenimento da “matança da verdade” fez o povo esquecer que há algum tempo atrás para se ter acesso a direitos fundamentais o cidadão tinha que possuir um documento atestando a sua condição de pobreza. É..., sabe aquela frase clichê que todo mundo resgata em período de pleito: “Cada povo tem o governante que merece”, não se sabe bem de quem é a autoria, uns dizem ser de Rousseau, outros atribuem a Joseph De Maistre, mas foi Ruy Barbosa quem primeiro a empregou no Brasil, enfim, nesse caso em particular, caiu como uma luva, pois as pessoas não conseguiram tirar a “pele de ceará” dos olhos e com certeza estarão mais felizes em festas de cunho populista com música de baixa qualidade, vendendo bala nas praças como parte do programa de geração de emprego e renda, engrossando a fila de brasileiros em serviços informais e subalternos. Certamente veremos romanos em tribunas de honra, atirando pão dormido (entenda pão dormido como metáfora, já que não podemos dar nomes aos bois) ao povo, com sorrisos encardidos.
Vivemos uma política atrasada e financiada por inescrupulosos representantes de si próprios (porque o povo está longe se ser alvo das suas preocupações umbilicais) que jogam baixo através da manipulação eleitoreira sobre uma gente pobre e incapaz de perceber as astúcias de políticos que se intitulam gente da gente, que visitam essa cidade em períodos de Festa de Sant’Ana ou a cada ano de eleição e ainda se consideram dignos do nosso reconhecimento.
A partir de 1º de janeiro de 2009 teremos mais uma etapa da gestão mesquinha do Pão e Circo, ou seria, Mais Circo do que Pão, ou ainda, Paralelepípedo e Circo (circo, cerco, cercado, cerca... infeliz coincidência, pois, são palavras do mesmo campo semântico). Estaremos a presenciar um acelerado processo de regressão em vários setores da nossa sociedade. No campo da política isso já aconteceu. Tal qual na antiga Roma, Currais Novos se tornou um palco sangrento com espetáculos diuturnamente marcados por combates violentos de homens x leões e vice-versa. Onde gladiadores se estapeavam nas ruas e avenidas lançando bandeiras ao vento com xingações mútuas a cores de simbologia singular. Teve gente que se divertiu de cima de carros de som ao ver o duelo dos dois cordões, numa espécie de pastorinho às avessas (não é aquele do nosso Folclore). Na arena curraisnovense, o entretenimento da “matança da verdade” fez o povo esquecer que há algum tempo atrás para se ter acesso a direitos fundamentais o cidadão tinha que possuir um documento atestando a sua condição de pobreza. É..., sabe aquela frase clichê que todo mundo resgata em período de pleito: “Cada povo tem o governante que merece”, não se sabe bem de quem é a autoria, uns dizem ser de Rousseau, outros atribuem a Joseph De Maistre, mas foi Ruy Barbosa quem primeiro a empregou no Brasil, enfim, nesse caso em particular, caiu como uma luva, pois as pessoas não conseguiram tirar a “pele de ceará” dos olhos e com certeza estarão mais felizes em festas de cunho populista com música de baixa qualidade, vendendo bala nas praças como parte do programa de geração de emprego e renda, engrossando a fila de brasileiros em serviços informais e subalternos. Certamente veremos romanos em tribunas de honra, atirando pão dormido (entenda pão dormido como metáfora, já que não podemos dar nomes aos bois) ao povo, com sorrisos encardidos.
PROJETO SEMEARTE
Teve início no dia 01 de agosto o Projeto Semearte de Desenho e Pintura 2011, realização da Associação Avoante de Cultura com patrocínio do BNDS, BNB e Governo Federal. A aula inaugural aconteceu no Espaço Avoante de Cultura, local onde se realizará o curso e contou com a presença do Gerente do BNB Luiz Harildo Costa Junior, alunos da cidade e do povoado Totoró, comunidade rural beneficiada pelo projeto, além dos representantes da Associação Avoante de Cultura. Após a abertura, feita por Paulo Herôncio, o artista plástico João Antonio, representando a Associação Avoante de Cultura fez uma explanação sobre a história do Espaço Avoante de Cultura e o surgimento da Associação Avoante de Cultura e ressaltou as ações desenvolvidas durante esses vinte anos de atividade. Destacou, tambem, o compromisso da arte com a transformação do indivíduo no que se refere à ampliação do universo do entendimento, característica presente nas atividades culturais desenvolvidas pela Associação Avoante de Cultura. Em seguida falou Luíz Harildo, representando o bnb e maxwell Ferreira, a Escola Municipal Cipriano Lopez Galvão do povoado Totoró.
O projeto Semearte será ministrado pelo artista plástico Paulo Herôncio, foram escritos mais de 40 alunos e conta com duas turmas: uma na zona urbana, no Espaço Avoante de Cultura, nas terças e quintas feiras, e outra na Escola Municipal Cipriano Lopez Galvão no povoado Totoró, zona rural, nas quartas e sextas feiras.
Sala Avoante de Teatro |
Paulo Herôncio, ministrante do curso de desenho e pintura do Projeto Semearte. |
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