Se existe um Olimpo só no
mundo mítico, ontem em Currais Novos ensaiou-se um. Uma plateia composta de
vários semideuses da música como: os maestros Bembem da filarmônica de Cruzeta,
João da Banda secretário de cultura de Carnaúbas dos Dantas, André Vicente da
orquestra sinfônica da UFRN, maestro Camilo Henrique de Santa Cruz e outros
artistas do cenário cultural do RN assistiram o lançamento do projeto Vinicius - Uma Canção
pelo Ar... Projeto Parcerias Sinfônicas do SESC
com a Orquestra Sinfônica da UFRN.
O ambiente estava propício para um
bom espetáculo, apesar do espaço limitado destinado à plateia, que ficou
restrita devido as mesas destinadas ao evento de gastronomia que acontecia simultaneamente.
Isso, de certa maneira, restringiu o público, pois não tinha espaço para sentar
e apreciar o evento musical, a não ser nas mesas ou atrás das barracas em torno
do largo do Tugstênio.
Logo no início um incidente, ou
performance de protesto aconteceu. Não estava previsto se considerarmos uma
leitura superficial, mas o fato é que existe uma causa profunda para tal. Nosso
inestimável artista curraisnovense
Francinaldo Moura se posicionou contrário que a banda de música Maestro Santa
Rosa tocasse fora do palco na abertura do referido evento. Para os que acompanham
a saga sofrida desta banda, patrimônio cultural do município, compreendeu sua
atitude e aprovou. E tudo estava bem à
vista, a começar pelo um fardamento que não existia, embora os Guarda Mirins do nosso município já
tem o seu. Considerando também que o espaço não era suficiente para formação da
banda, dispor os músicos.
Após este acontecimento, o Quarteto
de Clarinetas Sons da Serra iria fazer uma execução acompanhado do percussionista
Francinaldo Moura, o mesmo que referimos acima. Novo impasse se deu, o quarteto
não se apresentou, pois foi exigido que Naldinho, o Moura Silva, o tal
Francinaldo não se apresentasse, como retaliação, segundo informações dos
participantes do quarteto.
A seguir tivemos o espetáculo em
homenagem ao centenário de Vinícius de Morais que tirando o cerimonial de
abertura com as autoridades quase romanas no seu início e o cheiro de carne que
não vinha dos anfiteatros romanos e sim das barracas em volta, foi inesquecível
. As cantoras líricas surpreenderam pela capacidade de interpretação devido às
condições técnicas do canto. O
espetáculo foi apresentado segundo as estações do ano, intercalado por interpretações
de textos de Vinícius de Morais. O final, a apoteose, todos os cantores entram em
cena fechando a noite com brilhantismo.
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