Ao longo do tempo a direita pregou a despolitização das
pessoas, incentivou o desinteresse pela política, pois esse é o modo dela
dominar, alienando o indivíduo. Veja o caso do fascismo, da ditadura
brasileira. Não existe outra maneira das ideias da direita prevalecerem, é
preciso de uma mente confusa, vazia, sem possibilidade de operar uma leitura da
realidade, uma prova disso é o discurso que a gente está cansado de ouvir por aí, de que a política é o mal da sociedade,
que não presta, partidos é coisa de ladrão, que todos os políticos são corruptos.
Isto ficou bem claro nessas manifestações recentes, a direita está colhendo os
frutos, para mentes vazias bastam os meios de comunicação de massa (nome apropriado) para
preenchê-las e dizer o que devem pensar, isso é um fato, afinal a palavra massa
está relacionada à ausência de uma consciência crítica, informações,
conhecimento suficiente para discernir sobre a realidade, entendê-la, condição
que a torna apta à manobras. A insatisfação de não viver numa sociedade justa, sob iniciativa, o estopim, de um protesto de um grupo, a população passou a manifestar
sua insatisfação, como num impulso. Uma grande massa que
protesta contra corrupção, pedindo saúde, educação com qualidade e entre a multidão a
direita pregando o antipartidarismo, queimando bandeiras de partidos como uma
forma de intimidar o movimento de esquerda, os partidos que lutam contra a
desigualdade, são a favor da distribuição de renda, inclusão social, serviços
públicos gratuitos de qualidade. A TV globo, bandeirantes e outras TVs reforçaram
o discurso com conotações fascistas, estimulando o protesto ao uso de bandeiras
de partidos de esquerda, vermelhas, durante a manifestação. Afinal o objetivo é
desestabilizar o governo Dilma, enfraquecê-la, chegar a um Impeachment, abrindo
espaço para referenciar os candidatos dos partidos DEM, PSDB e PPS, para
próxima eleição. É importante lembrar
que esses partidos, de direita, defendem o acúmulo de capital não se importando
que as outras pessoas possam ficar pobres, miseráveis (basta lembrar do governo
de FHC, Fernando Henrique), o acesso aos serviços deve ser segundo o sucesso
financeiro, privilegiar os ricos, os impostos devem ser o mínimo possível para
satisfazer um Estado também mínimo, permitindo, desse modo, que todos os serviços
sejam privatizados. Não faz muito tempo, no governo FHC, a estratégia era não
investir nos serviços públicos para justificar a privatização, as universidades
eram sucateadas, escolas técnicas não foram mais construídas, a
saúde degradou, não existia programa de habitação, empresas públicas foram
dadas à iniciativa privada, era o fim do ideal de esquerda. Essa situação só
veio ser revertida com a entrada do governo Lula que demonstrou que ascendendo
financeiramente a classe dos menos favorecidos economicamente dinamizaria a
economia, fato que se tornou importante para o desenvolvimento do país.
Estratégia de sucesso que está fazendo o país enfrentar a crise econômica internacional.
Quando nas manifestações de massa (não uso o termo popular,
pois esse termo não é sinônimo de número de pessoas) recente vejo um cartaz
contra a corrupção eu penso em quantos, ali, elegeram com o voto os corruptos, estes
que estão no congresso e senado, alvo do protesto, quantos manifestantes, no
dia a dia, não se utilizam da esperteza para enganar seus semelhantes, e os que
vendem seus votos? Deve-se exigir dos Governos transparência, severidade para
punir os corruptos, mas para que diminua a corrupção começa com o dever de
casa, é uma questão moral da sociedade como um todo.
Manifestações
organizadas por pessoas que em época de campanha compra voto ou se vende, isto é, política de direita, tem o intuito único de sovar a massa.
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