domingo, 10 de julho de 2011

FUGINDO DA CAVERNA:
Esperança de que haja uma fuga em massa

Por Paulo Gomes

Sem qualquer sombra de dúvidas vivemos, nesse mundinho nosso dos Currais Novos, “O Mito da Caverna” escrito por Platão na obra intitulada A República. Ora, não visualizamos, parece-me, sob qual-quer hipótese, que vivemos uma ilusão conforme aquela que é descrita naquele conto “Platônico” – igual ao amor que temos por determinadas figuras públicas. Um número considerável de curraisnovenses trás esse amor em si pelas “velhas raposas” de nossa cidadezinha, outrora, pacata. Se desfaz os sonhos e permanecemos atrelados aos pseudos salvadores de nosso pequeno mundinho como numa gratidão eterna que devemos ter a “eles”, senhores absolutos do poder, que servem tão somente aos seus queridos entes de todos os dias cercando as mesas do café da manhã, do almoço e do jantar. Não obstante a essa constatação, chega-nos aqueles inflamados de discursos de bondade e capacidade visionária, salvadores e donos da fala e dos falantes que faz e desfaz o cotidiano numa telinha de tv como se representasse, deveras, a vida real. Falta-nos muito, parece-me, para que possamos fugir a ilusão da caverna que se faz no que está sendo desfeito e se chama cidade – nossa querida cidade (nem mais a quero), pois o amor se desfez e começo a fugir da caverna num esforço hercúleo de sobreviver a essa triste ilusão que se multiplica a cada segundo de vida que ainda nos resta. Triste verdade essa: estamos acorrentados a falsas crenças, preconceitos, ideias enganosas e, por isso tudo, inertes em nossas poucas possibilidades. Fujamos curraisnovenses que não se atrelam aos pseudos donos do poder, saíamos, pois, dessa caverna.

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