quarta-feira, 29 de junho de 2011
domingo, 26 de junho de 2011
sexta-feira, 24 de junho de 2011
SEMEARTE
sexta-feira, 17 de junho de 2011
ENTREVISTA
VOE NESSA IDEIA |
ENTREVISTA DO ALEM NO "MONTE" TOTORÓ
Depois de uma exaustiva subida, em meio aos jardins de coroas de frade, macambiras e cardeiros, chegamos ao cume do pico do Totoró. Eu, José Jesus, mais conhecido como o Jornalista Jesus, estava acompanhado de outros três indivíduos, que me lembravam Pedro, Tiago e João subindo com Jesus o Monte Tabor para orar. Mas, o meu “Jesus” está mais para o Jesus de Madonna, muito distante do Nazareno.
O cume repleto de pedras gigantescas criava ambientes e salas, dando a sensação de um templo ao ar livre, um lugar místico. Acomodamo-nos num espaço coberto de rochas, um pouco escuro para favorecer ao fenômeno. Passados alguns minutos, após uma prece, o companheiro que se dizia mais sensível finalmente conseguiu captar vibrações e disse que ela já estava em nossa companhia. Fixamos nossos olhares para uma fenda entre as pedras, quando uma cortina leitosa começou a dar forma a uma imagem. Sob intensa luz, surge Sant'Ana envolta em glória. Fiquei estupefato com a beleza de cabocla de olhos azuis. Ela não era velha como se imagina, mas, uma vovó simpática. Comovido escutei-a dizer, sem abrir a boca:
- O que desejam meus filhos?
- Eu estou aqui para lhe fazer algumas perguntas de interesse para nossas vidas.
Com a fisionomia a irradiar generosidade, ela disse:
- Seja econômico nas palavras, o tempo no mundo dos santos é sagrado ao trabalho.
Minha primeira pergunta - ciente do recado e impulsionado pela minha alma colunista -, foi:
– A senhora vem sempre à festa em sua homenagem que se realiza em julho?
Os outros estranharam o teor da pergunta. No entanto, demonstrando grande interesse por minha indagação, a Santa disse, atenciosa:
- Não tenha dúvida, embora que, às vezes, seja indiretamente. As condições nem sempre são favoráveis e, assim sendo, o campo vibratório não permite.
Percebendo a receptividade que ela demonstrava ao assunto, continuei.
- Nesse caso, não seria prudente sua presença para sanar essa dificuldade?
Com profundo olhar de simpatia, respondeu:
- Da última vez que tentei uma aproximação, saí muito triste, porque eu sozinha não daria conta de tamanho desajuste. Geralmente eu mando minha equipe socorrista para acudir as vítimas dos devaneios provocados pelo consumo de drogas e estímulo à prostituição.
- E os organizadores da festa – atrevi-me a perguntar – estariam isentos deste socorro?
A Santa fitou-me, como a identificar-me as intenções mais íntimas, esclareceu-me:
- Como meu neto disse: –“ Porque não é boa a árvore a que dá maus frutos, nem má árvore a que dá bons frutos. Porquanto cada árvore é conhecida pelo seu fruto. Porque nem os homens colhem figos dos espinheiros, nem dos abrolhos vindimam uvas. O homem bom, do bom tesouro do seu coração tira o bem; e o homem mau, do mau tesouro tira o mal. Porque, do que está cheio o coração, disso é que fala a boca.” (Lucas, VI: 43-45). Os homens responderão pelo que plantaram, é uma lei natural.
- Mas, o dinheiro arrecadado – perguntei esboçando um meio sorriso – não vai para a área social, para as atividades da Igreja?
- A Igreja a que você se refere – ponderou a Santa amavelmente – foi adaptada e criada, conforme as necessidades e o estágio de evolução moral dos homens. As orientações de Jesus se referem à busca de uma conduta moral. A prática do mal não condiz com Seus ensinamentos.
Hesitei ao tratar de um assunto problemático, mesmo que, no seu olhar já denunciava conhecer minha intenção. Medi as palavras.
- Percebo que a sua imagem na Igreja apresenta um semblante diferente?
- As imagens fazem parte do mundo material de vocês – a radiosa Santa disse, enquanto elevava a mão para coçar próximo ao ombro – o que importa para nós é o direcionamento do pensamento do homem para o amor, o desapego à matéria e a valorização do eu divino de todos.
O cume repleto de pedras gigantescas criava ambientes e salas, dando a sensação de um templo ao ar livre, um lugar místico. Acomodamo-nos num espaço coberto de rochas, um pouco escuro para favorecer ao fenômeno. Passados alguns minutos, após uma prece, o companheiro que se dizia mais sensível finalmente conseguiu captar vibrações e disse que ela já estava em nossa companhia. Fixamos nossos olhares para uma fenda entre as pedras, quando uma cortina leitosa começou a dar forma a uma imagem. Sob intensa luz, surge Sant'Ana envolta em glória. Fiquei estupefato com a beleza de cabocla de olhos azuis. Ela não era velha como se imagina, mas, uma vovó simpática. Comovido escutei-a dizer, sem abrir a boca:
- O que desejam meus filhos?
- Eu estou aqui para lhe fazer algumas perguntas de interesse para nossas vidas.
Com a fisionomia a irradiar generosidade, ela disse:
- Seja econômico nas palavras, o tempo no mundo dos santos é sagrado ao trabalho.
Minha primeira pergunta - ciente do recado e impulsionado pela minha alma colunista -, foi:
– A senhora vem sempre à festa em sua homenagem que se realiza em julho?
Os outros estranharam o teor da pergunta. No entanto, demonstrando grande interesse por minha indagação, a Santa disse, atenciosa:
- Não tenha dúvida, embora que, às vezes, seja indiretamente. As condições nem sempre são favoráveis e, assim sendo, o campo vibratório não permite.
Percebendo a receptividade que ela demonstrava ao assunto, continuei.
- Nesse caso, não seria prudente sua presença para sanar essa dificuldade?
Com profundo olhar de simpatia, respondeu:
- Da última vez que tentei uma aproximação, saí muito triste, porque eu sozinha não daria conta de tamanho desajuste. Geralmente eu mando minha equipe socorrista para acudir as vítimas dos devaneios provocados pelo consumo de drogas e estímulo à prostituição.
- E os organizadores da festa – atrevi-me a perguntar – estariam isentos deste socorro?
A Santa fitou-me, como a identificar-me as intenções mais íntimas, esclareceu-me:
- Como meu neto disse: –“ Porque não é boa a árvore a que dá maus frutos, nem má árvore a que dá bons frutos. Porquanto cada árvore é conhecida pelo seu fruto. Porque nem os homens colhem figos dos espinheiros, nem dos abrolhos vindimam uvas. O homem bom, do bom tesouro do seu coração tira o bem; e o homem mau, do mau tesouro tira o mal. Porque, do que está cheio o coração, disso é que fala a boca.” (Lucas, VI: 43-45). Os homens responderão pelo que plantaram, é uma lei natural.
- Mas, o dinheiro arrecadado – perguntei esboçando um meio sorriso – não vai para a área social, para as atividades da Igreja?
- A Igreja a que você se refere – ponderou a Santa amavelmente – foi adaptada e criada, conforme as necessidades e o estágio de evolução moral dos homens. As orientações de Jesus se referem à busca de uma conduta moral. A prática do mal não condiz com Seus ensinamentos.
Hesitei ao tratar de um assunto problemático, mesmo que, no seu olhar já denunciava conhecer minha intenção. Medi as palavras.
- Percebo que a sua imagem na Igreja apresenta um semblante diferente?
- As imagens fazem parte do mundo material de vocês – a radiosa Santa disse, enquanto elevava a mão para coçar próximo ao ombro – o que importa para nós é o direcionamento do pensamento do homem para o amor, o desapego à matéria e a valorização do eu divino de todos.
Aquela coceirinha me intrigou. Lembrei-me do tempo e mantive o foco na entrevista. Mas, nesse momento a imagem começou a ficar mais translúcida e foi se dissipando. Apressado, tomado pela urgência e desespero de não ter a resposta para a pergunta principal, abri os braços e perguntei:
- O que faremos para mudar tudo isso... A imagem desapareceu. Mas, uma frase ressoou dentro da nossa caixa craniana, como se alguém falasse para nós.
- Encontre o amor e encontrarão Deus em vocês.
Era tarde, o sol aguardava só o percurso de descida do monte para se por definitivamente. A realidade nos esperava. De volta às nossas casas, algo continuava a me incomodar, e aquela coceira?!- O que faremos para mudar tudo isso... A imagem desapareceu. Mas, uma frase ressoou dentro da nossa caixa craniana, como se alguém falasse para nós.
- Encontre o amor e encontrarão Deus em vocês.
quinta-feira, 16 de junho de 2011
PROVOCÔNDROMO
PECADO Nº 01
Apesar de acharmos, em defesa própria, que o fluxo do pensamento é incontrolável e que suas associações são rebeldes, acontecem à revelia, acredito que não é bem assim, elas só refletem o nosso habitat interior. Digo isso, para mostrar como às vezes o que pensamos não tem sentido. Veja essa experiência.
Sempre que passo aos pés da imagem de Santa Rita de Cássia, Santa Cruz-RN, em direção a Natal, associo sua forma a um grande barbeiro (chupão) subindo nas paredes do céu para se esconder numa das fendas do paraíso, depois de encher a barriga com o sangue do povo. Aprofundando mais nos por quês, chego à conclusão que, realmente, isso não tem sentido. Acredito que tudo não passa do trauma que tenho desse besouro. À noite, na zona rural, antes de dormir vigio as paredes a procura de manchas escuras em forma de “pingo”, não é que dá certo, por vezes mato algum chupão. Sei que você está me perguntando: “Por que não procurou os órgãos competentes para debelar com os barbeiros?” Já procurei, já levei um rosário de barbeiro, rezei, mas, eles só dedetizam a casa quando o barbeiro está contaminado.
Me digam, tem sentido associar o monumento Santa Rita de Cássia a um chupão? Deus me perdoe!
PECADO Nº 02
Um outro grande problema do descontrole do pensamento, são as “deixas”. Não tem como controlar. Acompanhe esse desatino. Currais Novos e Caicó tem uma coisa quase em comum: as suas padroeiras. Mas, existe algo que as diferenciam, o modo. Uma está em pé a outra sentada. Não pude me furtar da possibilidade de uma terceira: a Sant’ana deitada. E aqui quero lançar uma ideia, em primeira mão, para os futuros prefeitos de Currais Novos que desejam dinamizar o turismo. Construir uma estátua gigante de Sant’ana deitada. Esse monumento apresenta um diferencial importante que se destacaria dos demais. O turista religioso teria uma oportunidade única, de andar pelo interior da Santa e ascender suas velinhas nos órgãos que achassem necessário para o pagamento de sua promessa. Claro, o projeto ainda não existe, ficaria a cargo dos arquitetos estudarem a viabilidade e resolver alguns problemas, como esse. Se o turista entrar pela boca, como passaria pelo esôfago em direção ao estômago? Deslizaria feito um tobogã e cairia no estômago? Como ascenderiam, então, as velas?
Essas “deixas” me deixam avoado das ideias!
AGUARDEM IMAGENS ILUSTRATIVAS DO PROJETO
A situação da Casa de Cultura Popular Palácio do Minerador continua sem alteração. Ainda estamos aguardando a nomeação dos Agentes de Cultura pelo governo do Estado, responsáveis por coordenar o referido espaço. Houve uma tentativa de indicação que não teve a aceitação dos artistas que lá trabalham. Fato, esse, que resultou num manifesto de repúdio entregue à coordenadora das Casas de Cultura. Este episódio ficou conhecido como “O Levante das Chaves”. Os artistas da Casa de Cultura insatisfeitos com as condições impostas pelo novo agente de cultura, referente a restrição do horário de trabalho, visto que, muitos sobrevivem de suas aulas e produção, recusaram a entregar as chaves de suas salas. Resultado: a exoneração do Agente.
O falta de compromisso não é novidade na Casa de Cultura. Já se presenciou de tudo, agente de cultura que não dava expediente, porque essa tinha sido a condição acordada para trabalhar lá. Eram constante as reclamações dos frequentadores com relação ao cumprimento dos horários, em geral, sempre adequados às necessidades pessoais dos agentes. Vejam que situação, se não se cumprem o mínimo das obrigações, que dizer de exigir um projeto cultural?
O Problema começa na indicação dos nomes, que não preenchem as condições técnicas para função e, sim, as necessidades dos grupos políticos. Destaca-se tambem uma proeminente falta de abertura para o diálogo, talvez pelas limitações de argumentações e entendimento democrático, resvalando-se nos recursos autoritários, do anti-diálogo, para se impor e coordenar.
A comunidade artística de Currais Novos aguarda uma reação mais positiva dos nossos governantes, pois, acreditamos que a administração pública deve preencher as condições minimamente democráticas.
Por: João Antonio
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