terça-feira, 2 de julho de 2013

CANTAAVOANTE - Arrigo Barnabé e Orquestra à Base de Sopro de Curitiba - Num Antro Sujo

                 
Arrigo Barnabé é um músico singular, explora recursos pouco usuais que vão do dodecafonismo a atonalidade que favorecem a uma maior liberdade de composição. Em 1865, a ópera "Tristão e Isouda" de Wagner, no prelúdio, não definiu a tonalidade, cedendo espaço para o atonalismo. A música atonal, portanto, consiste da ausência de uma nota central que deriva uma sequência de notas as quais se segue numa música que estão submetidas a uma regra estabelecida. 
Com essas informações, hoje, eu compreendo o motivo que me leva  a apreciar a obra de Arrigo, acredito que pelo desregramento, o romper de padrões suscitado no exercício de liberdade, esta, a força movedora da criação. A sensação de estranheza de sua música permite excursionar por lugares inusitados, fora do esperado, riqueza que nos causa surprezas a cada instante. Mas, para isso é necessário uma certa condição de receptividade, se permitir ao estranho, à confusão, contato com o não usual, o novo.
Ele faz uma simbiose entre o erudito contemporâneo e o popular criando cenários e enredos que lembra HQ, história em quadrinhos, situação que ele explorou muito bem na música "Tubarões Voadores", de 1984, ao qual a acompanhávamos lendo um encarte em quadrinhos desenhado por Luíz Gê, maravilhoso.
Para darmos uma ideia da obra de Arrigo Barnabé, selecionamos a música “Antro Sujo”, Arrigo Barnabé acompanhado pela Orquestra à Base de Sopro de Curitiba, ela integra o álbum Clara Crocodilo de 1980 e "Tubarões Voadores" acompanhada da arte em quadrinhos de Luíz Gê.
                           

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