quarta-feira, 31 de julho de 2013

TEATRO DE BONECOS

"A Cia Mútua foi fundada em 1993 e está atualmente estabelecida na cidade de Itajaí-SC.
Desde 2002 pesquisa o teatro de formas animadas com o objetivo de disseminar a arte através de uma poética teatral mergulhada no lirismo e na simplicidade. Sua linha de atuação abrange também a narrativa cênica, a pantomima e o clown."
Bonecos apresentam a história do escritor francês Saint-Exupéry, (ver mais)



terça-feira, 30 de julho de 2013

QUAL O CAMINHO PARA A DIVERSIDADE CULTURAL NOS CURRAIS?

Na II Conferência Municipal de Cultura de Currais Novos, realizada no último dia 10 de julho, a Associação Avoante de Cultura se fez representar em um dos eixos temáticos do evento, que tinha por objetivo indicar propostas para o fortalecimento e a democratização da cultura nos âmbitos municipal, estadual e nacional. Somente no âmbito municipal do eixo “Cidadania e Direitos Culturais”, composto por produtores culturais da cidade, saíram 12 propostas no sentido do fortalecimento e democratização da cultura local. A partir de suas experiências, os componentes do eixo indicaram proposições que de um modo geral apontaram a necessidade de se identificar, estimular e difundir nossa diversidade cultural, por meio da criação de espaços físicos e simbólicos que possibilitem a valorização e o acesso, a produtores culturais e ao público, aos nossos bens culturais em toda sua diversidade. Nesse ponto nos deparamos com uma fundamental questão: qual seria nossa identidade cultural e, por conseguinte, que diversidade ela apresentaria? Se pensarmos nas experiências de produtores culturais locais, a exemplo de violeiros, poetas, atores, brincantes, músicos e de grupos organizados como o Casarão de Poesia e a Associação Avoante de Cultura, vemos sim uma experiência que visa contemplar uma diversidade cultural, seja ela literária, cênica, plástica ou musical. Mas, e quando olhamos para os espaços (de poder) historicamente mais prestigiados em Currais Novos, o que percebemos? Que em nosso extenso e badalado calendário festivo, ao invés de se contemplar uma diversidade cultural, o que predomina é uma cultura de massa, com pouco espaço para a diversidade local. Dessa forma, podemos vislumbrar que, para uma mudança efetiva em nosso cenário cultural, se apresenta a necessidade da superação de certas estruturas sociais e espaços de poder, tão cristalizados em nossa realidade. Vislumbra-se também que a experiência de democratização e diversidade será encontrada em nossos movimentos cultuais. 

Eidson Miguel

terça-feira, 23 de julho de 2013

DIRETO DA: http://ajusticeiradeesquerda.blogspot.com.br



























CURRAIS NOVOS, UMA CIDADE EXCLUDENTE?



O Apartheid sócio cultural se encontra enraizado na cultura em Currais Novos. Uma cidade que não trabalha de forma à conservar suas matrizes culturais, marca de uma possível identidade. A linguagem artística popular é entregue ao acaso, ao relento, expulsos dos alpendres e praças é usurpada pelos delírios dos grupos econômicos que visam exclusivamente o lucro. O entendimento da ideia de patrimônio cultural exige a noção de senso de coletividade, contrariando, desse modo, os interesses individualistas dos empresários. Essas distorções são um reflexo da ignorância operante de mentalidade subdesenvolvida que entrava o acesso à cultura,  modelando-a conforme a expectativa exclusiva do lucro, transformando-a em mercadoria nos supermercados das festas voltadas para massas, afetando consideravelmente as bases de uma identidade cultural. Desvinculada de sua razão social, sobrepujada pelo interesse mercantil, a cultura popular vem sendo apagada lentamente.
Tal situação é reforçada pelos nossos governantes que desprovidos de compreensão sobre a importância da cultura, administram em conformidade aos apelos do mercado, fins empresarial. Não é difícil identificar  tal situação.
Na programação de uma determinada festa popular do calendário turístico, uma cantadora de viola recebeu a irrisória quantia de R$ 40,00 para se apresentar enquanto outras bandas, empresas, recebem rios de dinheiro? E essa mesma categoria não está organizada. Os ceramistas desapareceram. Um artista plástico, hoje, não encontra espaço adequado para exposições de sua produção. O Boi de Rei do Trangola foi retomado pelo Ponto de Cultura Caçuá de Cultura, mas e as políticas públicas para sua manutenção e as condições para prosseguir produzindo, quais  medidas adotadas? Ou vão reproduzir as posturas de sempre? Terá o mesmo destino do teatro de rua ocorrido na década 80 e 90, que não teve um suporte institucional para dar continuidade e gerar mais conhecimento para nossa comunidade.  Quantos grupos de teatro produzem em Currais Novos? E o pastoril da Mina Brejuí vai ser preservado? Os brincantes de João Redondo? O artesanato que produzimos tem traço característico de nossa cultura ou não temos elementos culturais suficientes que sustentem algum traço de identidade? Até que ponto somos originais, os nossos profissionais recorrem ao acervo de conhecimento produzido aqui? Ou não passamos de copistas de fórmulas “bem sucedidas” de outros centros produtores de cultura? As respostas a esses questionamentos nos permitem constatar que há alguma coisa errada.
O órgão que responde pela cultura no nosso município fica esperando pela instalação do conselho municipal de cultura que depende da assinatura do prefeito para isso acontecer, gerando uma inoperância neste setor. Acredito que traçar as diretrizes, propor um projeto cultural para Currais Novos é prerrogativa para qualquer administrador. Se o nosso prefeito tivesse adotado as reivindicações propostas pelos produtores culturais, as ONGs, a situação não estaria assim. Teríamos, portanto, uma Secretaria de Cultura que responderia por estas políticas, oposta a situação que se encontra atualmente: um secretário para deliberar pelo Turismo e Cultura. Além dos objetivos destas pastas serem diferentes, torna-se impraticável o secretário abarcar de forma eficaz as demandas culturais. Isto já está provado, durante esses seis meses não se viu sinal nesse sentido.
No informativo de julho da prefeitura ressalta o “Projeto de Francilúzio de Música Potiguar e Brasileira” na área da cultura, ação, essa, que nas últimas edições não teve a receptividade de público desejado. E a reestruturação da Banda de Música Maestro Santa Rosa continua sem investimentos significativos. Estas ações não são justificadas, nem pensadas, assim como previstas segundo as necessidades e diretrizes culturais presentes num projeto de cultura, elas foram adotadas por iniciativa individual segundo a sabiência do gestor, pois a prefeitura não tem, ainda, seu projeto de cultura. O personalismo sempre foi o traço marcante de nossos políticos, nossos gestores culturais mantêm a coerência, um ser considerado iluminado, um Moisés da cultura que possuem as tábuas dos mandamentos culturais. Estamos em novos tempos, o Sistema Nacional de Cultura não comporta mais o personalismo institucional que reforça e perpetua  valores excludentes empobrecendo mais ainda nossa cultura e município.
Tudo isso nos leva a concluir que precisamos ter um planejamento inteligente, fundado na leitura da realidade sem ufanismo, perceber as causas dos erros adotados ao longo da história e as necessidades atuais para podermos firmar nossas matrizes culturais, elementos de criação de um futuro, mais rico,  fortalecendo, então, nossa identidade cultural.  

sexta-feira, 19 de julho de 2013

CARTA ENVIADA AO CONSELHO ESTADUAL DE CULTURA PELO QUADRINISTA LUIZ ELSON


 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TEOR DA CARTA AO CONSELHO ESTADUAL DE CULTURA DO RIO GRANDE DO NORTE
Ilmo Sr. Presidente IAPERI ARAUJO
Eu, Luiz Elson Dantas, (...) Professor de Artes e Desenhista de histórias em quadrinhos recorro a este conselho de cultura para que o mesmo interceda junto a Fundação Jose Augusto, Secretaria Extraordinária de Cultura do Estado do Rio Grande do Norte , solicitando o imediato pagamento do Edital de Quadrinhos Prêmio Moacy Cirne.
O Edital teve seu resultado publicado no diário oficial do Estado no dia 18 de janeiro de 2010 e aberto os processos para pagamentos no dia 06/12/2010, e até a presente data ainda não foi pago.
Em recente matéria publicada na blog do jornalista Sergio villar , Portal no ar, no dia 11/07/2013 , em matéria sobre o cancelamento de shows do evento Agosto da Alegria, a secretaria extraordinária de Cultura Isaura Rosado afirma que “ Tivemos um limite financeiro e preferi saldar editais aprisionados no ano passado”. Os editais que ela se refere são o Prêmio Deifilo Gurgel de Cultura Popular, o Prêmio Palhaço Facilita, o Salão de Fotografia 2012, o Edital Junino 2013, além do registro do patrimônio vivo. E no parágrafo seguinte questionada pelo repórter continua ;,Editais mais antigos ,a exemplo do prêmio Moacy cirne para quadrinhos, segundo demonstrou Isaura Rosado, não serão pagos. “ esse e outros foram abertos na gestão de outro governo, salvo engano , em 2008; não foi de nossa gestão. Vamos honrar os editais que criamos e estão aprisionados “ completou.
Diante das declarações da Secretaria Isaura Rosado, estamos interpelando este conselho a se manifestar , diante de suas responsabilidades para com a nossa cultura, pois gostaríamos de lembrar a todos o que esta escrito na Constituição do Estado do Rio Grande do Norte .
No capitulo I, Dos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos , em seu artigo 6º , determina que deve o Estado dar tratamento iguais a todos, e no artigo 15º ,do primeiro capitulo,Da Organização político-Administrativa, é vedado ao Estado e aos Municípios, III- Criar distinção entre brasileiros ou preferências entre si.
Então conforme nossa constituição uma gestora do estado não pode discriminar pagamentos a serem realizados por sua preferências e critérios tão arcaicos , provincianos e ilegais como , minha gestão, ou gestão do outro governo, o que existe é a gestão do governo do Estado do Rio Grande do Norte e ela deve obedecer a lei.
Essa ilegalidade administrativa causa revolta e indignação nos artistas que participaram do edital, afinal, o Estado investiu na realização do edital e os artistas, desenhistas de histórias em quadrinhos , produziram suas obras, tornando material seus sonhos, ideias, expressões e sentimentos sobre nossa história e cultura,e agora veem em tal atitude , de desrespeito a lei e aos próprios artistas, um dano a nossa Cultura, é conforme nossa Constituição Estadual na SEÇÃO II da Cultura , art.144 §4, um dano e uma ameaça ao patrimônio cultural são punidos na forma da lei .
Conforme estatuto deste conselho, é sua prerrogativa se manifestar contra qualquer ameaça ao dano material ou imaterial a Cultura Potiguar.
A falta de pagamento ou atraso por anos seguidos de trabalhos realizados , diretos trabalhistas , prestação de serviços ou editais de premiação pelo Estado já é uma imoralidade e uma irresponsabilidade dos poderes constituídos , mais não se pode aceitar que critérios pessoais guiem a conduta da gestão pública , pagar uns editais em detrimentos a outros que já foram executados e anteriores aos beneficiados com o pagamento , é um absurdo que não se pode tolerar.
Diante do exposto solicitamos o imediato pagamento do prêmio Moacyr Cirne e a interferência deste conselho em favor dos artistas de histórias em quadrinhos do nosso Estado .
Atenciosamente 

carta requerimento que enviei ao conselho estadual de cultura ,com anexo a reportagem de sergio vilar do dia 11-07 e edital impresso do premio Moacy cirne de quadrinhos.
agora é aguardar as autoridades e continuar nossa cobrança em outras esferas.

quinta-feira, 18 de julho de 2013

DECLARAÇÃO DE ISAURA ROSADO, SECRETÁRIA EXTRAORDINÁRIA DE CULTURA,RN


































Parece ser essa a única maneira de sensibilizar os mandatérios do poder, os feudos do RN. Convoco os profissionais de quadrinhos a se manifestarem também. Criem as suas TITIASAURA ROSADA e postem nas redes sociais. Essa declação, (fonte: Portalnoar,11 de 07), afeta toda a categoria dos quadrinistas e artistas do RN. O nosso Estado não pode ter esse tipo de postura, como se fosse propriedade de grupos, famílias, partidos, etc., Não existe o Estado dos Maias, Alves, Rosados, Vilma, seja quem for, existe o Estado do RN que pertence aos norteriograndenses e honrar os compromissos é pré-requisito para qualquer governante e cidadão, trata de uma questão moral e ética. 

quarta-feira, 17 de julho de 2013

GOVERNO DO ESTADO

Para minha surpresa, passando a vista no blog Portalnoar de Sergio villar, na postagem "Cancelados os shows de Criolo, Chico César e Martnália no Agosto da Alegria" (veja aqui),  me deparei com relevante declaração de Isaura Rosado, a secretária extraordinária de Cultura do RN, diz a matéria: Editais mais antigos, a exemplo do Prêmio Moacy Cirne para quadrinhos, segundo demonstrou Isaura Rosado, não serão pagos. “Esse e outros foram abertos na gestão de outro governo, salvo engano, em 2008; não foi de nossa gestão. Vamos honrar os editais que criamos e estão aprisionados”, completou.

Infelizmente me encontro entre as vítimas atingidas por esta falta de descência do governo estadual. Estes dirigentes políticos envergonham-nos! O Estado deve cumprir com seus compromissos independente da cor do partido político e gestão, ele não pertence a nenhum grupo familiar e, sim, ao povo do RN que merece respeito, pois acredito que os norteriograndenses nao aprovariam tal conduta.  

RUY BARBOSA

Os patos de Rui Barbosa

Diz a lenda que Rui Barbosa, ao chegar em casa, ouviu um barulho estranho vindo do seu quintal. Chegando lá, constatou haver um ladrão tentando levar seus patos de criação. Aproximou-se vagarosamente do indivíduo e, surpreendendo-o ao tentar pular o muro com seus amados patos, disse-lhe:

- Oh, bucéfalo anácrono! Não o interpelo pelo valor intrínseco dos bípedes palmípedes, mas sim pelo ato vil e sorrateiro de profanares o recôndito da minha habitação, levando meus ovíparos à sorrelfa e à socapa. Se fazes isso por necessidade, transijo; mas se é para zombares da minha elevada prosopopéia de cidadão digno e honrado, dar-te-ei com minha bengala fosfórica bem no alto da tua sinagoga, e o farei com tal ímpeto que te reduzirei à qüinquagésima potência que o vulgo denomina nada.
E o ladrão, confuso, diz:
"- Dotô, eu levo ou deixo os pato?"
Ruy Barbosa
 
Eu tenho saudade do que não vivi. Tenho saudade de lugares onde não fui e de pessoas que não conheci. Tenho saudade de uma época que não vivenciei, lembranças de um tempo que mesmo sem fazer parte do meu passado, marcou presença e deixou legado. Esse tempo, onde a palavra valia mais do que um contrato, onde a decência era reconhecida pelo olhar, onde as pessoas não tinham vergonha da honestidade, onde a justiça cega não se vendia nem esmolava, onde rir não era apenas um direito do rei..." 
Ruy Barbosa

terça-feira, 16 de julho de 2013

CANTAAVOANTE

Mama Cass Eliot -Make Your Own Kind of Music
Participou do grupo The Mamas & The Papas de pop psicodélico 
formado em Los Angeles, Estados Unidos, nos anos 1960. 
Faleceu em 1974. 
Esta música é um convite para o essencial do ser.

 Make Your Own Kind Of Music


ESPAÇO AVOANTE DE CULTURA


sexta-feira, 12 de julho de 2013

CAMPANHA


O FANTÁSTICO ESQUEMA DE SONEGAÇÃO FISCAL DA GLOBO

SAIU NA CARTA CAPITAL
O POVO NÃO É BOBO por Leandro Fortes 
"Talvez, de tanto viver na dimensão onírica de suas telenovelas, ou na falsa percepção que alguns dos seus sorridentes jornalistas têm do mundo real, a Rede Globo ache, de fato, que é possível fazer o contribuinte acreditar de que ela nada tem a ver com o roubo do processo da Receita Federal. Afinal, somos todos uma nação de idiotas plugados no Caldeirão do Huck, certos de que, ao morrermos, teremos nossas almas levadas ao céu pela nave espacial da Xuxa." (Texto completo)
Um texto bem didático "sobre o mega esquema de sonegação fiscal montado pelas Organizações Globo que resultou, em 2006, numa cobrança superior a 600 milhões de reais — 183 milhões de imposto devido, 157 milhões de juros e 274 milhões de multa." Com direito a criações como a que foi destacada em negrito. 

quinta-feira, 11 de julho de 2013

A FALTA DE ÉTICA DE ALGUNS MÉDICOS

Esta foto está publicada no blogue http://ajusticeiradeesquerda.blogspot.com.br/2013/07/em-defesa-do-sus-dilma-veta.html ilustrando outra postagem, mas ela é tão reveladora que achei de intervir e expressar minha inquietação: acho que existe um grande problema moral em nossa sociedade.

NO RUFAR DOS TAMBORES: A CONFERÊCIA MUNICIPAL DE CULTURA DE CURRAIS NOVOS.

Eidson Miguel diretor da Ass. Avoante, relator do eixo 03.
A Associação Avoante de Cultura participou da II Conferência Municipal de Cultura de Currais Novos, realizada no dia 10 de julho, na AMSO. Na ocasião foram debatidos pontos importantes referentes à cultura, organizados em 4 eixos temáticos: 1-IMPLANTAÇÃO DO SISTEMA NACIONAL DE CULTURA, 2-PRODUÇÃO SIMBÓLICA E DIVERSIDADE CULTURAL, 3-CIDADANIA E DIREITOS CULTURAIS e 4-CULTURA E DESENVOLVIMENTO. Dos eixos temáticos saíram propostas de ações voltadas para o fortalecimento e democratização da cultura, que deverão ser encaminhados para III Conferência Estadual de Cultura, a ser realizada no mês de setembro, em Natal. 
Com direito ao "le grand finale", o momento da escolha dos represetantes para a conferência estadual! Que rufem os tambores! Surpreende o modo toscamente "democrático" atribuído, em que possibilita ruir qualquer crença otimista que possamos, por bondade finita, à aferir à condução da cultura local. Realmente é brincadeira. Saí quando escolheram os dois represetantes da sociedade civil. Acostumado a participar de muitas reuniões em sindicatos, organizações políticas, entidades diversas, não me senti à vontade quando foram votados os critérios propostos pelos organizadores: os presentes só podiam votar em um dos quatro candidatos, que se dispuseram para concorrer como os represetantes na conferência Estadual, apesar de serem dois os representantes que seriam eleitos. Não me acostumo. Ora, se eu votei em um candidato o outro eleito, eram duas vagas, eu não podia escolher, como é isso? Aguém ia me representar, assim como muitos ali presente, sem o nosso consetimento? Até quando?!!






ALÉM DO MATERIALISMO SUPERFICIAL

Nós vivemos em função de corresponder sempre às expectativas criadas pela sociedade. Estruturamos nossos dias, as atividades cotidianas e procuramos satisfazê-las em razão das exigências sociais.
Se nós vamos ao mercado comprar qualquer coisa, nossa atenção fica atenta a somente adquirir a mercadoria, como se todo o trajeto não passasse de uma simples tentativa para atender um objetivo.
Esta atitude reflete os condicionamentos impostos pela sociedade que considera os resultados finais das ações praticadas no mundo como a maneira de avaliar o sucesso da vida.
Obter um diploma, por exemplo, é importante, assim como ganhar uma competição, cumprir uma agenda, conquistar qualquer coisa, a vida está ritmada segundo os desejos que esperam ser atendidos, o seu sucesso está relacionado ao que se pode realizar. O germe dessa ideia se acha no racionalismo ocidental semeado em nossa sociedade.
Há algum tempo um grupo de amigos foram a um determinado lugar no campo para passar um fim de semana, na chegada, então, é convidado para um passeio: ir a uma mina abandonada. O anfitrião seguiu com o grupo na mata, depois de muito tempo, ele revelou que não se lembrava mais do caminho.
Em vista do senso comum, esta situação é uma frustração, uma vez que o tempo vivido nesse evento perdeu o seu sentido. No entanto, a vida não acontece em saltos, não é feita pelos momentos estáticos, ao contrário, é ininterrupta, todos os momentos fazem parte da nossa experiência de vida.
Nossas atividades diárias são automatizadas, enquanto os pensamentos, livres, ocupam-se de projetar expectativas futuras. Portanto, dificilmente sentimos o que estamos fazendo, a nossa mente está sempre repleta de sons que não fazem parte do momento vivido.
É preciso esvaziá-la e se conectar com aqui, vivê-la, senti-la em toda sua totalidade e quando conseguirmos respeitar essa diretriz, a vida se torna verdadeira realização. A performance de resultado não será mais a detentora do critério do viver, não restringirá a experiência do indivíduo, permitindo, assim, surgir o contentamento. O sentimento de vazio perderá o sentido, a vida torna-se plena, pois a ela nos conectamos e todo instante vivido passa a ter valor. 
Sobre esse assunto assista o filme Poder Além da Vida (click aqui)
que mostra o protagonista Dan Millman (Scott Mechlowicz), ginasta talentoso, diante de uma experiência que contraria o ideário construído para sua vida. Com apoio do misterioso Sócrates (Nick Nolte), desperta para importantes conhecimentos que o leva a ampliar sua relação com a vida. Retirando alguns clichês de filmes de lutas marciais, o filme contribui para algumas reflexões a respeito  do modo como nos adaptamos aos presupostos do mundo material. 

sexta-feira, 5 de julho de 2013