quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

ENCAMINHAMENTO POLÍTICO


PRIMEIRO EU, DEPOIS OS MEUS E OS OUTROS NA NOVA CONJUNTURA POLÍTICA.

O individualismo e o coletivo, duas forças que determinam certas posições do comportamento humano. Quando surgiu a iniciativa privada entra em cena na história a força do individualismo, levantando a bandeira da liberdade do indivíduo. A sociedade, então, adota seus modelos tomando a como base. Assim veio a escravidão, o feudalismo, surgiu o mercador, a burguesia com a queda da bastilha, o capitalismo, o liberalismo e o neoliberalismo. Adaptações de uma lógica onde em nome da liberdade permite-se, através da força econômica, explorar o outro. Com a organização dos trabalhadores em sindicatos durante a revolução industrial na Europa começou a surgir uma contra força, neutralizando esse tipo de pensamento. O comunismo e o socialismo vieram questionar, intervir no modelo predominante de sociedade. Deste modo, avançou a luta entre essas duas forças a de iniciativa individualista e a coletiva.
A lógica de nossa sociedade, especificamente a curraisnovense, se dá no personalismo segundo a tradição política local. O coronelismo um pouco de senhor de escravo e feudal dominaram essas terras e consolidaram o poder da personalidade. Quem manda é quem tem poder, isto é, quem tem “posses”, a classe abastarda de riqueza material. Está gravado no nosso inconsciente o modelo a seguir de pessoa bem sucedida, o homem rico. É um valor internalizado o qual todos almejam. E essa classe social prega o individualismo ao máximo, a riqueza lhe dá condições de intervir a seu modo, sem consultar o outro.
Nessa hora de escolha para formar a equipe governamental qual será o peso entre esses procedimentos, o critério de valor individual ou coletivo? Como está a organização da sociedade para reivindicar e conquistar espaço na nova administração? Irão tomar a bastilha mesmo sabendo que a burguesia vai trair os trabalhadores?
Os nossos partidos, boa parte legendas formada por figurões, com seus mandatários, personalizados, normalmente buscam seus interesses que geralmente visam se auto beneficiar.  Alguns outros de esquerda ensaiam até certo ponto um movimento com as organizações civis.  E a comunidade organizada? Muitos se isolam num pseudo coletivismo como pano de fundo para atitudes individuais, como beneficiar os meus, sua família e amigos em detrimento aos que procuram tomar decisões de caráter mais coletivo.
O que se percebe é que a motivação humana se dá através das múltiplas faces do egoísmo humano, a personalidade é uma máscara social em que o homem se traveste para alcançar seus intuitos que nem sempre, ou geralmente, visa o bem do próximo. Acredito que o caminho do coletivo, abre espaço para o outro, convive com a pluralidade das ideias, o diverso, que facilita encaminhar o pensamento em benefício do todo, quando centrado nas prerrogativas democráticas. De certa maneira neutraliza a força individualista, a que oprime, desconectada com o bem comum. 

João Antonio

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