ANÁLISE POLÍTICA

C’EST FINI

Por PAULO GOMES

A trajetória trágica do mais direitista dos partidos ainda existentes por estes lados dos trópicos, remete-nos a análise simplista da vida duradoura de seus fieis correligionários, políticos de carteirinha sob os auspiciosos carimbos ditatoriais do regime cruel e, quem tem o mínimo de conhecimento histórico e, acima de tudo, sensibilidade, do regime dos “generalões” que nos impuseram o silêncio e o terror da tortura que ainda reina em alguns dos batalhões militares por esse país continental afora. Eis, os verdadeiros filhotes da ditadura, que sobrevivem sob a ignorância e miséria do povo. Alguns estão bem perto da gente, sobem nos palanques para sobrepujar-se diante da plebe como arautos da honestidade e competência reinante num estado ainda que tem os nascidos sob a alcunha de “prefeito biônico” – para quem não sabe: eram os escolhidos pelos “generalões” para administrar cidades como Natal. A sobrevivência da ARENA, PDS, PFL e, nos últimos suspiros, DEMOCRATAS, é tão somente a feição dos novos personagens criados para mais uma nova novela que se aproxima disfarçada sob as bandeiras tremulantes pela Copa do Mundo de 2014. As estratégias de sobrevivência desse povo que nunca o foi povo, é a história que resiste pelas bandas ainda atrasadas do nordeste do Brasil – aqui, sua existência foi mais duradoura, parecia que sobreviveriam – talvez pela característica mais adorada à sustentação dos mesmos nas cadeiras do poder: miséria e ignorância. Silenciosamente, tenho percebido no silêncio, uma resposta a altura num domingo qualquer de outubro de 2012; a começar pela cidade que é o exemplo perfeito, pelo nome de reduto próprio desses figurões de pose ilustre. Ah, meus Currais Novos, aqui te tenho sempre: Currais (nossos)!

Apreciarei a celebração de sétimo dia. Embora eles tendam a se tornar agora, além de filhotes da ditadura, e senhores da miséria e ignorância reinante, em fisiologistas de carteirinha… Mas, isso é uma outra história.