segunda-feira, 8 de agosto de 2011

MANIFESTO


         A história nos mostra que a tirania da governança insana de representantes do povo, por repetidas vezes, tem provocado dissabores à população, principalmente quando as mandíbulas de tais figuras grotescas abocanham o cadinho nosso de cada dia: a essência da matéria humana, liberdade. Como exemplo, temos a ascensão e queda de inúmeras dinastias. A falta desse elemento causa um efeito nefasto e destrona todo aquele que o subtrai dos nossos direitos civis. Tal efeito provoca o surgimento de uma onda, nebulosa e densa. À medida que ela avança, torna-se mais poderosa, grande e estimulada. Criativamente alimentada, ela gera figuras subversivas, insubordinadas e heróis que não se curvam aos ditames políticos egoisticamente traçados a favor de uma hierarquia familiar.
       Mas, para esse título exige-se uma explicação: “Manifesto em defesa do Lelepípedo” é um mimo ao nosso alvo de indignações, é um “Muito Obrigado” àquele que sem nenhuma pretensão, repito “nenhuma”, ou mesmo sem a mínima noção do perigo, vem germinando, dando comida aos ratos da mansão, multiplicando-os no porão. E o pior, considera-os inofensivos. Não, meu caro, cuidado com eles, pois são extremamente nocivos à saúde. O Lelepípedo deve ser aclamado, pois seus equívocos administrativos que podam o desenvolvimento cultural da população, ao passo que oprimem, minam a criação artística local. Há uma nítida multiplicação de cores em telas, letras no papel, traduzidas em boa literatura tanto na prosa quanto no verso, o surgimento de grupos, fortalecimento de associações, agremiações artísticas etc. Oh, Currais Novos, reconheça, nomeie o nosso fermento, a nossa querida erva daninha. 






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